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Diz à mãe para migar as sopas ...

Diz à mãe para migar as sopas ...

Recomeços

28.12.16 | Paulo Brites

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Todos os finais de ano é a mesma coisa, ano novo vida nova … pessoalmente penso que para definir mudanças e analisar o que somos e o que temos não será necessário chegar ao dia 31 de Dezembro mas verdade é sempre uma boa altura para criação de analogias e metáforas a respeito de “recomeçar”e como todas as mudanças elas começam essencialmente em nós e, diante dessa oportunidade de mudança em nós próprios originam-se sem dúvida algumas reflexões, entre elas está sempre a tradicional: Veja-se como foi o ano que está a ficar para trás e pense-se como se quer o próximo, como tal mude! Troque! Recomece!

De “recomeço” em “recomeço”, temos criado uma ambição desenfreada de viver sempre uma nova história, de procurar por novas pessoas, de frequentar novos lugares, de criar novos objectivos profissionais. Sem notar, contudo, que viver todos esses anseios sem ter lucidez nas nossas escolhas, não nos trará exactamente o ganho que se procura. Por isso, a pergunta que deveria caber a todos e a cada um antes de qualquer cogitação de recomeço é: o que é que exactamente se quer e procura?

… bem acima de tudo e para não matarmos a possibilidade real de transformação que se pretende, será muito importante aproveitar o que de bom nos aconteceu nos últimos tempos e que muitas vezes não temos a capacidade de perceber tais acontecimentos, portanto o grande inicio desse recomeço não será recomeçar e dar a devida importância ao que temos? Acho que sim! Acho que para além de novos objectivos, de novas metas será muito importante rever se o que temos é por enquanto só metade do que se cria e se assim o é, será sempre por ai o ponto de partida para definir os nossos objectivos para o próximo ano porque se já ou ainda só temos metade então que se lute e se dê prioridade para se conseguir ter tudo!

Todavia... recomeçar é mais do que unicamente superar o que deu errado. É antes, modificar o jeito, o trajecto, a fala, a forma, a maneira. É assumir, é ter acções que façam a diferença.

Como dizia Miguel Torga:

Recomeça
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...

Sim! Não vou querer só metade do que consegui, vou continuar a ter ilusões e a definir como meta as metades que me faltam e somente depois disso e se não as conseguir atingir farei um novo recomeço! Só assim faz sentido … Feliz ano novo!

O tempo

26.12.16 | Paulo Brites

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Para se perceber o valor de um ano, pergunte-se a um estudante que repetiu de ano. Para se perceber o valor de um mês, pergunte-se a uma mãe que prematuramente teve o seu filho. Para se perceber o valor de uma semana, pergunte-se a um editor de uma revista semanal. Para se perceber o valor de uma hora, pergunte-se a um casal de namorados que estão esperando para se encontrar. Para se perceber o valor de um minuto, pergunte-se a alguém que perdeu o avião ou o autocarro. Para perceber o valor de um segundo, pergunte-se a alguém que evitou um acidente. Para se perceber o valor de um milésimo de segundo, pergunte-se a alguém que conquistou uma medalha de ouro nuns Jogos Olímpicos … por ai fora!

O tempo … sempre o tempo mas tal como este Castelo que levou o seu tempo a ser construído e tem o seu tempo de existência, para além claro do seu tempo de utilização ou utilidade dependendo do tempo, já dizia Victor Hugo “A vida já é curta, mas nós tornamo-la ainda mais curta, desperdiçando tempo.” É importante o “tempo” por isso teremos que aproveitá-lo enquanto é tempo.

Natal

24.12.16 | Paulo Brites

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O desejar felicidades e coisas do tipo unicamente nesta época do ano não são com toda a certeza os mais sinceros desejos e sentimentos que alguns dos seres nossos semelhantes têm e sentem mas sim o que fica bem, parece bem … enfim talvez sem qualquer significado mas por hábito e tradição fica mal não o fazer.

Porque desejar algo é muito mais absoluto e vasto, não desejo um “Feliz Natal” a ninguém mas sim um Natal que se deseje como se deseja a felicidade, a amizade … e o Amor.

Passado, Presente e Futuro

12.12.16 | Paulo Brites

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Não sei se esta frase “Nunca estragues o presente por um passado sem futuro” é do tão famoso Chagas ou de outro qualquer pensador desse mundo mas gosto mais da frase de Leandro Ribeiro “Não deixes que o teu passado interfira no teu presente e destrua o teu futuro”, uma coisa é certa o nosso futuro só será bom se o nosso passado estiver enterrado porque embora faça parte de nós o que podemos fazer com ele foi o que se aprendeu, bom ou mau não interessa, o importante é o que temos a fazer.

É olhar em frente tendo consciência que existem coisas que ficam para trás, umas de boas recordações outras que nem queremos pensar nelas … como nesta foto o presente e o futuro então à nossa frente o que passou está atrás das costa, que vá de avião de preferência numa viagem confortável.

Como diz a minha amiga Graça Aguiar “O hábito de lamentar os erros do passado faz-nos ignorar que grande parte da nossa sabedoria é fruto disso mesmo, dos erros e do passado...!” como tal nunca deveremos esquecer os erros do passado mas continuar a cometer esses erros só acontece por estupidez, uma enorme fraqueza, falta de dignidade ou uma incurável falta de respeito por nós mesmos … também como diz a Graça Aguiar “Existem lembranças que os ventos dissipam, que as distâncias serenam, mas que nunca se apagam” essas são as boas, as que recordamos mas que nunca as deveremos reviver … o futuro faz-se com o presente e nunca com o passado.