Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Diz à mãe para migar as sopas ...

Diz à mãe para migar as sopas ...

Dia Mundial da Fotografia

19.08.17 | Paulo Brites

DSC_8402-1-2

Hoje dia 19 de Agosto, dia mundial da fotografia, recordo uma fotografia minha e um texto escrito por mim em 5 de Junho deste ano … porque a fotografia é isso. Porque a fotografia possui uma enorme força que nos faz pensar e nos leva para dentro dela, fazendo o tempo parar. Fotografar é ver (não é olhar) o momento em que se contempla a composição, a luz, a emoção e a alma … quando essa conjunção da fatores se combinam num só registo, acontece a inexplicável e inconfundível beleza de um momento e de um sentimento. Fotografar é sem dúvida um grito de um dos nossos sentidos, um grito do olhar que em combinação com o nosso cérebro nos permite ver. Bom dia da fotografia …

 

No dia 5 de Junho tentei fotografar o silêncio mas não consegui …

Porque é difícil fotografar o silêncio. Entretanto tentei. Eram 8 da noite ou 8 da tarde (conforme a perspetiva) existia um barulho extremamente silencioso … tudo o que me rodeava era aquela voz que, de tão calada que estava, se tornava insuportável. O céu tinha uma cor diferente de todos os céus, tinha uma cor triste de tão alegre que estava. Sim eu sei que estava rodeado de muita gente, gente essa, que também sentia o silêncio embora sem mostrar que o sentiam …

Estava numa daquelas festas chamadas “sunset” com o patrocínio do “Hendrix” e do pepino biológico … preparei a minha máquina e tentei fotografar o silêncio daquele barulho. De entre as muitas fotografias que tirei, destaco uma. Uma fotografia de uma onda! De uma onda do mar. Aquela tal onda barulhenta que nos faz lembrar o nosso sofá, quando se chega a casa e, ai, porque estamos sozinhos dizemos para nós próprios (para nos reconfortarmos) enquanto nos sentamos e pensamos …que bom, já tinha saudades de ti! Isso porque olhamos para o lado e somente vimos o silêncio de quem nos acompanha. Sei que é uma opção sentir esse silêncio, essa suposta paz que, tantas vezes é bem mais barulhenta do que o silêncio dessa onda. Mas sim, destaco essa foto.

No entretanto e, olhando para a linha do horizonte, vejo e sinto o azul do mar, o creme da areia … as bonitas cores que vinham da música, a alegria de um regresso, a felicidade de quem fica para saborear o aroma do pepino biológico e, ai, digo para mim mesmo: é difícil fotografar o silêncio … porque “ele” não existe. Está onde e quando nós queremos! É tão bom ouvir o barulho do sofá, o som da onda do mar, a luz da música e a música da cor!

Para uns o silêncio faz-se, oferece-se e pratica-se quando terminam o seu dia de praia e regressam ao seu habitat escolhido, para outros, é quando o transformam, porque não o aceitam e, lhe dão a devida alegria.

Afinal é impossível fotografar o silêncio, porque o silêncio acima de tudo somos nós que o sentimos, fazemos, permitimos e aceitamos! Nunca uma qualquer máquina fotográfica, poderá fotografar o silêncio …

Refúgios

07.08.17 | Paulo Brites

DSC_7993-1-2https://www.youtube.com/watch?v=4vUCGoalJoo

Todos nós temos os nossos “sítios”, os nossos “locais”! Este para mim é dos mais reconfortantes ou talvez o mais importante! Poucos me acompanharam a este local, 3 ou 4 pessoas no máximo e, acredito que poucos mais me deverão acompanhar por aqui, não que este local não o mereça, somente porque nem todos têm condições para nos acompanhar ao nosso refúgio.