Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Diz à mãe para migar as sopas ...

Diz à mãe para migar as sopas ...

A hipotenusa e os seus catetos

25.06.19 | Paulo Brites

DSC_10025-2.jpgNikon D3200, 18-55mm @ 18mm, f/11, 1/15s, ISO 100

 

A distância pode ter inúmeros significados. Claro que, é e sempre será, um substantivo feminino.

Mas muitas vezes, damos por nós, a utilizar este substantivo das mais diversas formas. Em sentido figurado ou mesmo, desproporcional.

No entanto, a forma de a calcular, é simples!

A distância entre os pontos A e B é a hipotenusa do triângulo retângulo, que pode ser calculada aplicando o Teorema de Pitágoras.

Portanto, calcular uma distância entre dois pontos, não é mais do que aplicar esse teorema. Se Tivermos dois pontos e com eles imaginarmos um terceiro, de tal forma que, os três formem um triângulo retângulo, o cálculo da distância entre os dois primeiros pontos, consiste em calcular o valor da hipotenusa desse triângulo.

Já que estamos em plena época de exames escolares, é sempre bom, relembrar o que na escola se aprendeu! Com o auxílio da Álgebra e de conhecimentos geométricos, poderemos sempre, generalizar e construir uma fórmula que determine as nossas necessidades, gostos ou vontades! Claro que, nunca nos poderemos esquecer, da existência dos 2 catetos.

Afinal, há ciências como a matemática, a física ou a química que fazem parte dos nossos dias. O conhecimento é sempre importante!

 

Beijinhos

 

“O caminho faz-se caminhando”

24.06.19 | Paulo Brites

DSC_1687-1.jpgNikon D3200, 50-200mm @ 200mm, f/5.6, 1/500s, ISO 400

 

O caminho faz-se caminhando” - Dizem os especialistas “emocionais e espirituais” deste mundo. Concordo com eles em parte, em especial, na analogia da frase. Claro que sem caminhar não existe caminho nenhum, tal como o contrário!

Poderemos e deveremos ser nós, a fazer um caminho! É esse talvez, o melhor de todos!

Existem caminhos asfaltados, empedrados, demarcados … enfim, existem inúmeras formas de “mostrar” ou “fazer” um caminho! No entanto, quer o caminho já exista ou o estejamos a fazer nós próprios, é importante: mimar, elogiar, acarinhar, embelezar! É importante fazer sentir que o “caminho” é o nosso! Decerto, que se o fizermos, este caminho irá ter outra beleza, irá ter outra importância, mesmo que saibamos que ele, para nós, já é importante!

Um caminho que tenha um elogio; Um caminho que tenha uma atenção nossa; Será sempre um caminho que nos trará um retorno.

É importante caminhar, mas também não menos importante, refazer os nossos caminhos.

Pensar o que queres, o que dás, o que recebes e, tentar que, as respostas sejam sempre ou quase sempre as melhores. Pensar se estamos a dar a esse “caminho” o que o “caminho” nos tem dado! Pensar se este “caminho” é o “caminho” que queres! Pensar se o verbo caminhar, está no singular ou plural! Qual o modo! Se no indicativo: Presente, Pretérito imperfeito, Futuro ou Condicional? Se no modo conjuntivo: Presente ou Pretérito imperfeito!

Enfim, seja o que for, nunca se deve deixar de fazer o “nosso” caminho! Se a ele se juntar alguém, então, poderá ser o melhor caminho de todos! Caso contrário, pega na viola ou na bússola, vê onde nasce o sol, e faz um novo caminho!  

 

Beijinhos

Olá, que estás a fazer?

19.06.19 | Paulo Brites

DSC_0524-1.jpgNikon D3200, 50-200mm @ 90mm, f/5.6, 1/1250s, ISO 100 

 

O que é a fotografia? Arte? Recordações? Mas afinal o que é uma boa fotografia? Enquadramento? Focagem? Mensagem? … Não! Uma fotografia é somente uma fotografia! Não há nenhuma que sem palavras ou memórias, seja uma boa fotografia!

 

Olá, que estás a fazer?
O jantar.
O que é que vais fazer?
Um poema…
Só um poema, ou alguma coisa para acompanhar?
Sim, vou juntar-lhe o tempo…
e meia dúzia de pensamentos, dos mais pequenos…
Posso ajudar-te?
Claro, fazemos para os dois.
Passa-me aquelas palavras…
Quais?
As que estão por aí sem norte, desarmadas e frias.
E servem?
Vais ver, tenho um truque que as torna de ler e chorar por mais.
Não estão duras?
Com um pouco de paciência e cozedura lenta, amolecem.
Espera, preciso de bater primeiro o coração.
Queres que bata?
Bate comigo, os dois somos o número ideal.
Põe mais beijos…
mais, não deixes cair muitos de uma vez.
Tem já uma bela cor!
estou a ficar cheio de fome.
então pega no meu corpo e aquece-o,
Não deixes queimar, mexe sempre os olhos,
repara na cidade e nas sombras que diminuem.
cuidado não vá engrossar esse modo de ser.
Já podemos juntar tudo?
Falta-me a ternura, não sei se restou alguma,
tive um poema enorme a semana passada.
espera, já cresceram mais umas folhas.
Apanha com cuidado, para a deixar crescer outra vez.
Agora basta que me tenhas e me queiras,
Junta o ramo de cheiros que a tua memória colheu
Cheira, como é boa essa pitada de loucura que juntaste.
Vá, senta-te, Vou servir.
Pão?
Não, prefiro assim.
Traz o vinho
Tinto?
Claro, e tu senta-te, não quero começar sem ti.


Jorge Bicho, in Por dentro das palavras ,Lua de Marfim, 2011

 

 

Eu sou o que penso, sou o que sou e, o que quero ser.

11.06.19 | Paulo Brites

DSC_0078-1-3.jpgNikon D3200, 18-55mm @ 32mm, f/7.1, 1/2000s, ISO 320  

 

Palavras minhas em 2017, e que, cada vez mais, me revejo nelas …



Eu sou o que penso,
sou o que sou e, o que quero ser.

Eu sou o tudo e o nada,
a sorte do que tenho
do que perdi e, o que ainda não conquistei,
o azar do que desejei.

Sou o reflexo num canto da paisagem,
sou a alegria de quem me ama
a tristeza de quem me odeia
e, a ocupação de quem me inveja.

Sou os livros que li e os textos que escrevi!
As fotografias que já tirei!
Sou os momentos que passei
e os que ainda quero passar …
os amigos que conquistei.

Sou o amor que dei
e o que continuarei a dar!
Sou os amores que tive
e os que luto para ter.

Sou as viagens que fiz,
as que quero fazer.
Sou o cheiro que me seduz
a cor que me apaixona
a bebida que bebi
o vinho que quero beber.

Sou a saudade e os abraços que já dei,
os que quero voltar a dar!
Sou o que amei
e o que quero continuar a amar!

Não sou perfeito; também não sou imperfeito;
Sou somente o contraste e a contradição
de quem quer
acima de tudo
viver com paixão!

 

 

 

Já tentei muitas vezes fotografar o silêncio. Claro que nunca consegui!

03.06.19 | Paulo Brites

DSC_9494-1-2.jpgNikon D3200, 18-55mm @ 26mm, f/7.1, 1/250s, ISO 100

 

Já tentei muitas vezes fotografar o silêncio. Claro que nunca consegui.

A palavra ou a expressão “silêncio”, tem a sua origem no Latim “SILENTIUM”, que significa: “ação de estar quieto”, “ficar quieto”, “evitar barulhos ou ruídos”. Enquanto gesto, vêm do Egípcio e do seu Deus Hórus, que tinha, na imagem, o dedo indicador na boca. Os Gregos e Romanos, associaram esse gesto, ao atual “silêncio”. A palavra em si, nada tem a ver com o gesto, expecto que são representações em linguagens diferentes: Uma gestual, outra escrita/falada.

Também a palavra “silêncio” tem outros significados, como: segredo, sigilo, confidencialidade; isto, em grupos secretos e maçónicos deste mundo. Em termos Orientais e no mundo daqueles, que, veneram a cultura do “meditar”, o termo silêncio significa: Calma, sossego, paz, conhecimento interno … e por aí fora.

Em termos comunicacionais, o silêncio, é a total ausência de som. O que não significa, ausência de comunicação. Claro que, utilizar o silêncio em termos de comunicação é o maior perigo que poderemos cometer! Com a ausência de som, deixa livre, o pensamento de quem o ouve!

Existem muitos e muitos tipos de silêncios, que, todos nós, utilizamos no nosso dia-a-dia:

- Silêncio emocional: acontece quando mostramos uma atitude aberta de atenção total e escuta no outro. Nesse silêncio podemos ser como um espelho e criar harmonia com o outro. Um exemplo de silêncio emocional é o que ocorre, quando olhamos uma pessoa nos olhos. Isso ajuda à verificação do que acontece ou aconteceu;

- Silêncio Responsável: Ocorre quando não se sabe ou não se tem a certeza suficiente sobre um tópico ou assunto. Geralmente é feito por precaução ou mesmo para um melhor conhecimento de um determinado momento ou estado;

-Silêncio cúmplice: É aquele que acontece por conveniência oportunista, para se tirar uma vantagem. Também pode ser um silêncio de medo;

- Silêncio tolerante: Ocorre quando alguém não responde a uma agressão ou insulto para evitar problemas ou grandes conflitos, ou mesmo, para evitar algum tipo de explicação ou de diálogo sobre algo que nos é desconfortável.

Seja como for, o silêncio é sempre algo muito mau! É indicador de que algo não está bem! Quer seja o silêncio maçónico, emocional, politico ou mesmo social!

Termino como comecei: Já tentei muitas vezes fotografar o silêncio. Claro que nunca consegui!

 

Nota: Podera ler aqui uma das minha tentativas de o fotografar:  https://paulobrites.blogs.sapo.pt/silencio-65057

 

Beijinhos