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Diz à mãe para migar as sopas ...

Diz à mãe para migar as sopas ...

Eu gosto de quem pede desculpa! Gosto de gente humilde!

23.09.19 | Paulo Brites

 

O outono iniciou-se hoje às 08:50. É uma boa hora, uma hora que ninguém desconfia, como diz o povo.

Para muitas pessoas, as mudanças de estação do ano e os cruzares do plano do equador celeste, são algo que as afogam em depressões, falta de autoestima e assim … Para outras, como é o meu caso, tenho uma reação bem positiva e motivadora.

Existem também, pessoas tremendamente difíceis, que perdem tempo e energia a ver passar o tempo e a vida. Pessoalmente, também nisso, tenho uma opinião diferente. No entanto, aceito as diferenças. E aceito porque cada um de nós é um mundo próprio. Cada um de nós, temos reações e opiniões diferentes a tudo o que nos rodeia.

Como tudo na vida, existe sempre um “mas”. Posso perceber essas atitudes, já outras, nem por isso!

Pessoas com as quais não se consegue ter uma conversa com princípio, meio e fim. Que, se por qualquer motivo, enumeras um erro ou uma opinião contraditória sobre qual seja o assunto, ficam de imediato nervosas, stressadas e mesmo, em alguns casos, irritadas e até roçam a má educação. Se lhe dizes o teu ponto de vista sobre algo, muitas vezes, até para ajudar, demonstram uma total falta de capacidade de análise e comportamental. Essas, tenho alguma dificuldade em perceber!

Eu gosto de quem pede desculpa! Gosto de quem reconhece que provavelmente existe um outro caminho e, não só aquele que dizem que há! Gosto de pessoas abertas a novas ideias! Gosto de debates, porque é neles que nós crescemos!

Gosto de pessoas humildes! Gosto de quem diz: dá-me ideias, ajuda ou dá-me a mão! Gosto de pessoas que mesmo por breves instantes, se chatearam com algo, tenham de imediato a capacidade de perdoar, analisar, e não toldar os momentos seguintes a esse acontecimento.

Essas sim, são as pessoas que quero ter por perto! Essas sim, são as pessoas que têm e ganham a minha consideração. Agora aquelas que: Eu é que sei! Mas quem és tu? Aquelas que por qualquer motivo interpretam ou percebem mal alguma palavra, acontecimento ou atitude e que, simplesmente, já não as “agarras” de forma alguma, bem, essas ficam pelo caminho! Essas não são confiáveis! Essas que façam boa viagem e que o turbo nunca tenha problemas mecânicos.

Eu gosto de gente humilde! Gosto de quem pede desculpa! Gosto de quem tem a capacidade de saber estar, até mesmo, no contraditório!

Gosto disso!

Já agora, e porque hoje damos início ao equinócio de outono, que todos sejamos felizes à sua maneira! A minha poderá não ser igual à vossa, pouco importa! O importante é mesmo sermos felizes!

 

Beijinhos

Eu quero lá saber das camisas engomadas!

22.09.19 | Paulo Brites

 

Vi uma noticia em que, existia no momento uma discussão sobre: Usar ou não usar a roupa amassada e, poupar as emissões poluentes dos ferros de engomar - https://www.curiosidadesdaterra.com/2019/09/usar-roupas-sem-passar-nova-tendencia.html?fbclid=IwAR2j95IH409ByuOwDvUl9TnwJU9lzOkHhe3zME8RuGNpu2l0s23gtcZa8kA&m=1

Fiz uma pequena pesquisa sobre essa notícia, na esperança que fosse uma notícia falsa e humorística! Mas não! É mesmo verdade!

Há quem defenda “isso” da roupa amassada e, quem defenda que não! Eu tenho a minha opinião e ideal sobre a questão! De qualquer forma não me parece importante! No entanto, sou pela roupa amassada! Não pelas questões apresentadas ou defendidas pelos simpatizantes do não passar! Sou da opinião que não é a apresentação que mostra e classifica a pessoa. Certo, que esta minha opinião, vale o que vale. No entanto, deixo uma pergunta: Que importa isso? Que importa a vaca cagar e bufar? Porque temos radicalismos desmedidos e totalmente descabidos? Mas que valores existem? Porque se luta neste momento? Crianças espalhadas por o mundo, completamente reféns de ditadores! Povos simplesmente castrados dos mais elementares direitos de sobrevivência e liberdade! Um desmedido histerismo pela qualidade de vida do cão e do gato em prol das causas humanitárias – Quando me refiro a este tema, refiro-me ao que muita gente faz: tentar equiparar os animais domésticos a seres humanos - Esquecem que os retiramos dos seus habitats! Mas são contra os circos, por exemplo!

Porque nos preocupamos com coisas supérfluas? Porque permitimos que seres humanos morram afogados nos mares deste mundo, quando somente essas pessoas, procuram uma vida digna e melhor? Que dignidade temos nós ao ignorar isso e, falar sobre a camisa amassada ou vincada por um ferro quente a vapor? Onde estão as grandes, verdadeiras e essenciais causas? Mas que mundo hipócrita estamos a criar?

Sabemos que a poluição e o extermínio da vida na terra está numa fase super acelerada. Mas não! Falamos de gays, de camisas engomadas, elegemos trafulhas, corruptos e maus profissionais! Elegemos políticos que nos lixam e mentem a toda a hora! Mesmo assim dizemos: viva!

Temos Venezuela, Palestina, Síria, Líbia, Moçambique ... temos, Hong Kong, Correia, USA! Temos Rússia, Israel, Kosovo ... temos Nações Unidas! Temos Trump, Kim, Merkel, António Costa, Bolsonaro ... temos Congo, China, Angola! Temos escravatura em Portugal e em particular no Alentejo! Temos uma igreja hipócrita que diz: violar uma criança é menos grave que praticar um aborto! Temos Ronaldo`s e Felix`s como tema de conversa! Mas que se passa neste mundo? Onde estão as verdadeiras causas a defender?

Eu quero lá saber das camisas engomadas quando vejo notícias de crianças palestinas presas e assassinadas! Eu quero lá saber das camisas engomadas quando vejo homens, mulheres e crianças a morrerem no mar mediterrâneo! Eu quero lá saber das camisas engomadas quando os meus governantes em 4 anos estão quase todos envolvidos em casos de corrupção! Eu quero lá saber das camisas engomadas quando os corruptos têm promoções e recebem pensões vitalícias. Eu quero lá saber das camisas engomadas quando vejo as taras e manias, não do Marco Paulo, mas de um tal Silva e do PAN! Eu quero lá saber das camisas engomadas quando sinto que, os distribuidores alimentares nos lixam e nos roubam diariamente. Eu quero lá saber das camisas engomadas quando tenho uma carga fiscal, direta e indireta, que me sufoca! Eu quero lá saber das camisas engomadas quando esperamos meses e meses por um cuidado médico! Eu quero lá saber das camisas engomadas quando temos um ensino comandado por ignorantes e que não ensina as nossas crianças! Eu quero lá saber das camisas engomadas quando destroem património com milênios para cultivar um pedaço de terra por 25 anos! Eu quero lá saber das camisas engomadas quando já não nos é possível beber água num riacho, pescar, caçar ... porque nós, estamos a foder isso tudo!

Mas que raio de mundo é este, que perde tempo com camisas engomadas, ou histerismos de gajos que querem ser gajas, e gajas que não querem ser nada! Que mundo é este que fala de camisas engomadas e depois chama: pretos, brancos, asiáticos, amarelos e sei lá mais o quê! Que temos pessoas e animais a passar fome e, deitam-se alimentos no lixo, só porque não têm uma determinada medida e apresentação!

Verdade, que mundo é este em que alguém alucinado proíbe algo ao outro, sem direito ao contraditório e que, não tenha direito à opção de comer o que gosta ou lhe apeteça! Eu quero lá saber da camisa engomada se quem a utiliza, não tem respeito por nada!

Verdade, mas afinal porque lutamos e vivemos? Que mundo queremos?

Já agora, sabem se existe ainda o movimento hippie, e onde andam? Não é para mim, é para um amigo!

 

Beijinhos

 

 

Saí um café para a mesa do canto!

19.09.19 | Paulo Brites

 

Hoje o meu dia começou dessa forma: Uma simpática senhora, chega ao balcão onde eu estava a beber o meu café da manhã e faz o seguinte pedido:

-Um café duplo em chávena aquecida, pode ser daquelas mais finas; Sem princípio, pingado, mas com leite quente! E quero um pau de canela sff! Vou querer também factura com NIF! Ah, desculpe, também o quero sem fim!

E é isso! Nós portugueses com o café somos talvez únicos no mundo! Para um jovem empregado de uma pastelaria, café, restaurante e similares é quem sabe, o mais complicado na sua tarefa de atender os clientes. Qualquer dia, não ficaria admirado em saber que uma qualquer Universidade, irá ministrar uma licenciatura e doutoramento em tirador de café!

De todas as nossas taras na ingestão da dose diária de cafeina, uma delas ressalva à vista! Defendemos até à última consequência o termo “bica”, no entanto, pouco ou nada o aplicamos no pedido de um café expresso. Coisas nossas é claro!

Mas se há coisa em que o português é de facto entendido, o café é uma delas sem dúvida! Temos o curto, o cheio, o meio-cheio (desconheço se existe o meio-vazio), o pingado, escorrido, o normal. Temos a bica, o cimbalino, o carioca, o garoto, o bombom, o cappuccino o abatanado, com cheirinho … o duplo, o pingado e, até o músico. A meia de leite, o galão, o escurinho … a italiana, a chinesa, o americano, a banheira, o mazagran, que num dia de calor, numa esplanada em frente ao mar, é um maravilhoso refresco de cafeina. Com canela, duplo, simples, escorrido, com princípio e sem fim … até temos o carioca de limão!

Enfim, chávena quente, fria, a escaldar, molhada, seca … nunca mais acabaria de enumerar a tão virtuosa forma de tratar a dose diária de cafeina! Nem ambiciono tal facto! Seria uma imprudência minha dizer: essas são as formas de beber e pedir um café em Portugal! Nunca se sabe se não existirão mais 9564 forma de o fazer e pedir!    

Depois temos o acto de o “beber”. Uns gostam de pegar na assa da chávena, outros, ignoram a sua utilidade e gostam de pegar na chávena de mão cheia. Há quem beba com açúcar mas que não mexe para o diluir, outros sem açúcar, outros com adoçante para que possam ingerir o famoso pastel de nata em conjunto … ainda há quem goste, de uma pitada de pimenta ou canela. Enfim …

Sem dúvida que daria um bom tema de estudo e análise comportamental.

E mais, mesmo os que não bebem café, quando nos ausentamos do País dizemos: Que saudades de um café Português!  

O texto já vai ficando longo e, tenho a máquina de café avariada. Vou terminar! É que com tanto café, fiquei com vontade de beber um. Hoje para variar, vou a um músico! É mesmo o que me apetece! Só espero é que o coitado do empregado, saiba o que é um músico!

 

Beijinhos  

Acorda! Não há idade, há espírito!

18.09.19 | Paulo Brites

DSC_8520-2-1.jpgNikon D3200, 50-200mm @ 180mm, f/7.1, 1/640s, ISO 100

 

Hoje acordei muito bem-disposto! De tal forma, que até consegui raciocinar antes do café e do cigarro; Não é todos os dias que isso me acontece! Tenho dias, em que, somente após o planeta terra girar à sua volta por 60 minutos, o consigo!

Mas sim, hoje é um dia diferente! Um dia que me faz viajar a um tempo que não vivi! Faz-me viajar até 1943. Depois desse ano a terra já circulou vezes sem fim à volta do sol e não só. Muitos minutos, dias e anos e, a isso se chama tempo! Vamos somando transladações da terra que em muitas vezes, confundimos com precessão dos equinócios! Erradamente é claro! Os equinócios e os solstícios são acontecimentos completamente diferentes!

Ao que se chama crescer, não é mais do que um acumular de equinócios e solstícios. Um contar da rotação da terra! Claro que existem pessoas em que a mutação do eixo da terra parece que é da sua propriedade, e que, são elas que dominam esse acontecimento. Outras há, que nem se preocupam com tal acontecimento! Eu sou uma delas …

Para mim, o que determina a nossa idade nunca é “as voltas” que a terra dá ao sol! Nunca é o somatório dos equinócios e solstícios! O que determina a nossa idade é a beleza como vimos o cruzamento do sol/terra com o equador celeste! Isso sim, é o que determina a nossa idade! A beleza de ver e ser!

Poderemos ter nascido em 1943, mas isso, não nos faz velhos! Parabéns! Já são alguns equinócios e solstícios!

Passei de imediato para 1969; Foi aí, que dou por mim a conseguir raciocinar antes do café e do cigarro! Foi o ano em que o homem pela primeira vez, chegou à Lua! Um sonho realizado! Foram milénios de cálculos, sonhos e desejos! Mas chegaram! A isso se chama juventude do querer!  

Quando se viaja entre duas datas é bom! É bom sentir que a idade está no espirito e, não nos números! É bom sentir que nada nos pesa no somatório das voltas da terra ao sol!

Há algumas voltas atrás, escrevi umas palavras que há muito são o meu sol. Ser velho ou novo, não é uma fatalidade ou um destino! Ser velho ou novo é uma opção!

 

Acorda … a corda!
Porque não há danças, há música
não há arte, há artesanato
não há cultura, há folclore
não há fotografia, há imagens
não há cinema, há imaginação
não há teatro, há representação
não há religião, há superstição

Acorda … a corda!
Porque não há distâncias, há querer
não há viagens, há passeios
não há comida, há fome
não há pecado, há personalidade
não há “línguas”, há dialetos
não há céu, há espaço
não há nuvens, há água condensada
não há matemática, há lógica e números
não há medicina, há doença
não há politica, há poder
não há guerra, há armas
não há filosofia, há divagação
não há países, há divisões

Acorda … a corda!
Porque não há estradas, há caminhos
não há olhos, há visão
não há ouvidos, há audição
não há barulhos, há sons
não há sonhos, há desejos
não há mágoa, há dor
não há “história”, há passado
não há amores, há complementos
não há atração, há carência
não há beijos, há vontades
não há abraços, há necessidades
não há traições, há infidelidades
não há mentiras, há falta de verdades
não há sexo, há prazeres e orgasmos

Acorda … a corda!
Porque não há poetas, há sofrimento
não há livros, há escritores 
Não há loucuras, há prazeres
Não há drogas, há vícios
não há vida, há viver …
e um dia a corda parte e tu nem acordaste!

 

Beijinhos

 

 

Os burros e a fábula

17.09.19 | Paulo Brites

 

E as sondagens de hoje que dizem? Ou os primos foram mandados calar?
Seja como for, faz lembrar aquela fábula do burro!
Para quem não conhece, aqui fica!

Era uma vez um Rei que queria pescar. Chamou o seu meteorologista e pediu-lhe a previsão do tempo para as próximas horas. Este assegurou-lhe que não iria chover.

A noiva do monarca vivia perto de onde ele iria e, vestiu a sua roupa mais elegante para o receber e acompanhar.
No caminho, encontrou um camponês montando no seu burro, que disse ao Rei: Majestade, é melhor o senhor regressar ao palácio, porque vai chover muito!

O Rei ficou pensativo e respondeu:
- Eu tenho um meteorologista, muito bem pago, que me disse o contrário. Vou seguir em frente! E assim fez; Choveu torrencialmente. O Rei ficou todo encharcado e a noiva, riu-se dele ao vê-lo naquele estado.

Furioso, o Rei, voltou para o palácio e, despediu o meteorologista. De seguida, convocou o camponês e ofereceu-lhe emprego. O camponês disse: Senhor, eu não entendo nada disso. Mas, se as orelhas do meu burro ficam caídas, significa que vai chover.

O Rei então contratou o burro.

E assim começou o costume de contratar burros para trabalhar junto ao Poder ...

Desde então, eis a razão, de burros ocuparem as posições mais bem pagas em qualquer governo ...

Para não dizer também, que porque sonhamos ocupar o lugar do burro, votamos naqueles que nos permitirão com mais facilidade, lá chegar!

 

Beijinhos

 

Mas que raio se passa neste momento?

17.09.19 | Paulo Brites

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Eu gosto de carne! Tu gostas de peixe!

Eu gosto de alface e tomate! Tu gostas de rúcula e agriões!

Eu gosto do bosque e da floresta! Tu gostas da cidade!

Eu gosto de tartarugas! Tu gostas de gatos!

Eu gosto de Fernando Pessoa! Tu gosta de Florbela Espanca!

Eu gosto do FC Porto! Tu gosta do SL Benfica!

Eu gosto de beber café em jejum! Tu gostas de beber depois do pequeno-almoço!

Eu gosto de beber uma imperial às 17 horas! Tu gostas de chá!

Eu gosto da Nikon! Tu gostas da Cannon!

Eu gosto de mulheres! Tu gostas de homens!

Eu sou ateu! Tu és crente!

Eu gosto disso, tu daquilo!

Mas que raio se passa neste momento? Isso é algo que lesa a Pátria?   

Nunca me dirigi de forma direta a um pseudo-partido politico! Mas chega! Estou cansado de ouvir tanta treta!

Partido ecologista? Parece anedota! Ecologista sou eu e não me revejo em nada das questões deste movimento ditatorial e extremista, que tem, a abreviatura de ... (não posso dizer, porque quem sabe, ainda me metem um processo em tribunal)

Certo que estou a correr o risco de me julgarem também um extremista! Mas sei que não sou!

A questão do ordenamento do território? A questão dos incêndios e da floresta em Portugal? A questão da utilização excessiva de pesticidas e alguns deles até proibidos em Portugal? A questão dos parques naturais que praticamente já não existem? A questão da contaminação poluente dos nossos rios e linhas de água? A questão das monoculturas que arrasam tudo pela frente, sem qualquer respeito pelas pessoas, terrenos, natureza, animais e património? A questão da total pressão sobre a natureza? ...

Esta lista nunca mais terminava! Ecologia é dizer: a partir de agora o Estado não serve mais carne! Só vegetais!

Tenho o direito em gostar de carne, tal como qualquer um tem o direito de ser vegetariano! Ou melhor, isso nem é uma questão de direito! É uma questão de opção!

Já quanto aos gatinhos e cãozinhos, não sejamos ridículos! Um reformado que não tem dinheiro para comprar os seus medicamentos, irá ter ajuda para levar o seu gatinho e o cãozinho ao veterinário? Mas estará tudo doido ou sou eu que estou a ver mal a coisa?

Ditaduras, extremismos e todos os movimentos desse tipo, somente nos livros de história! E mesmo nesses, lamento muito, todos aqueles que permitiram que tais situações acontecessem!

Por favor, deixem a hipocrisia à entrada da ETAR da vossa localidade, na esperança que ela (ETAR) tenha capacidade de a reciclar!

Beijinhos  

 

 

Eu sou uma sensação minha

16.09.19 | Paulo Brites

DSC_10037-1-3.jpgNikon D3200, 18-55mm @ 18mm, f/7.1, 1/125s, ISO 100

 

"A única realidade para mim são as minhas sensações. Eu sou uma sensação minha. Portanto nem da minha própria existência estou certo. Posso está-lo apenas daquelas sensações a que eu chamo minhas.

A verdade? É uma coisa exterior? Não posso ter a certeza dela, porque não é uma sensação minha, e eu só destas tenho a certeza (...)"

Textos Filosóficos . Vol. II. Fernando Pessoa; Lisboa: Ática, 1968

Não basta dizer: Vou Viajar

10.09.19 | Paulo Brites

DSC_10042-1-2.jpgNikon D3200, 50-200mm @ 50mm, f/7.1, 1/640s, ISO 400

 

Caminhar é fazer conquistas, criar cumplicidades, cativar! Caminhar é viajar! E ao viajar, só sabemos que nada se sabe e pouco se conhece. Nada é eterno e nada é inatingível! Se não, caso contrário, tudo perde a graça e, diminui a importância para nós!

Viajar não significa uma constante busca do desconhecido. Poderemos viajar de muitas formas! Até poderemos viajar diariamente no nosso percurso casa-trabalho, trabalho-casa. Só depende de nós próprios e da forma como “olhamos” para o caminho dessa viagem! Haverá sempre algo de novo a ver, haverá sempre alguma coisa que nos cativou ontem e que, se olharmos com mais atenção, também hoje nos vai cativar.

Se negligenciarmos o caminho já percorrido é perigoso! Não nos deveremos toldar somente ao caminhar. Deveremos sim, desbravar caminhos novos, mas sempre com respeito pelo que já se fez! 

Por vezes temos um comportamento nocivo à nossa satisfação pessoal. Que nos faz distanciar e desfrutar dos prazeres e conquistas obtidas. Agimos com desprezo da caminhada que vamos fazendo; Das pessoas que nos vão cativando ou que cativamos. Certo que a ambição também deverá fazer parte deste caminho, no entanto, esse caminho não pode ser somente norteado a conquistas futuras!

Como disse Martha Medeiros: “Regue as plantas, regue as suas relações, regue o seu futuro, porque, sem cuidar, nada floresce.” Viajar é também um pouco isso! Sem atenção, sem olhar, sem contemplar, sem “mimar”, seja que viagem você fizer, quando chegar ao fim, necessitará sempre de uma nova!

Tal como no amor, viajar não deverá ser somente um novo destino, mas sim, ver e dar atenção ao caminho que se percorre! E se, esse caminho nada de novo nos der, sim, viajamos de novo à procura do desconhecido.

Não é por dizer que já visitei este ou aquele destino que nos poderemos tranquilizar e o negligenciar! É necessário voltar! Com toda a certeza que se nos recordarmos deste ou daquele sítio, se formos com espirito de sedução, interesse e, acima de tudo, se viajarmos com amor, com certeza que a nossa revisita será sempre como se fosse a primeira vez!

A sedução e a conquista de viajar não está somente no desconhecido. Dar valor ao conhecido, é também uma forma de viajar.

Seja como for, é importante caminhar e viajar! Quer seja um destino conhecido ou não! Mas que nunca se perca a vontade de caminhar e viajar, tal como, a vontade de aprender algo de novo todos os dias. Tudo faz falta! Todos os conhecimentos são importantes! É isso que nos faz crescer e ser feliz! É por isso que quero viver e é por isso que vivo!

 

Beijinhos

 

7 coisas e tal!

09.09.19 | Paulo Brites

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Expliquem-me lá, porque talvez eu não viva no mesmo País que a maioria dos portugueses vive!

          . O mel passou a ser um doce e é eleito uma das 7 maravilhas da doçaria portuguesa. Lá irão as abelhas para o desemprego e serão substituídas pelos pasteleiros e boleiros! Ainda em matéria gastronómica, ao que parece, os Polvos são animais inteligentes demais para serem comidos …

          . A Cristina Ferreira é considerada a mulher mais influente deste País!

          . Morre um cabeleireiro e só o que falta é ter honras de estado!

          . O Polígrafo SIC considera falsa uma notícia da Imprensa Falsa …

          . O Rui Rio diz que não tem nada de direita e a Catarina preocupada com a evaporação da água nas barragens portuguesas …

          . O jornal “O Publico” dá uma notícia em que no seu título diz: Seguranças autorizados a apalpar …  

          . Ao que parece, o Presidente da Republica não irá presidir as comemorações do dia 5 de Outubro, dia esse, que permitiu que ele fosse Presidente da Republica. E, também, não estará por terras lusas em dia de eleições legislativas … 

Bem … estamos lindos sim senhora!

 

Beijinhos

Sou, e talvez serei sempre, o da mansarda, ainda que não more nela!

05.09.19 | Paulo Brites

DSC_2527-1-3.jpgNikon D3200, 18-55mm @ 38mm, f/7.1, 1/250s, ISO 100

 

(…) Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas —
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas —,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordámos e ele é opaco,
Levantámo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido. (…)*


*Excerto – Tabacaria - Álvaro de Campos

 

 

Tenho que dizer isto! Nem me importo que me chamem Fascista! Porque hoje, quem fala, é Fascista!

05.09.19 | Paulo Brites

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Quando um País tem o peso tão grande como Portugal tem … não pode estar neste estado de negligência!

Um País abandonado e sujo! Um País em que o segmento de mercado que mais cresce, é a corrupção! Um País onde viajar, ter cuidados médicos, ter acesso a um ensino digno, verdadeiro e de futuro, custa o dinheiro que os portugueses não têm! Um País onde a justiça não funciona! Um País que taxa tudo e mais alguma coisa! Um País que está norteado à coima, não interessa se a segurança rodoviária, ambiental, social ou outra do tipo é o principal! O que interessa é que se pisas o risco, és multado! Se passas o vermelho numa qualquer Aldeia, há logo uma punição “vulgo-multa”, não interessa se a segurança do povo é o objectivo! Claro que, colocar lombas e bandas para redução de velocidade, não dá receita – isso só por mero exemplo!  

Um País que vive do turismo, tem o seu legado ao abandono, tem estradas abandonadas, placas informativas tapadas de pasto, arbustos e ervas; Nas localidades, passeios em que muitas vezes estão cortados pelos tais sinais que dão receita (multas) e em que só cabe uma pessoa e nem sempre!

Circulares rodoviárias e centros populacionais com iluminação desligada ou danificada, que coloca em perigo todos os que nelas circulam. Um País que cobra portagem do que deveria ser uma mera via de comunicação, mas mesmo assim cobra! E pior, para pagar tens que te deslocares mais tarde aos “Correios” … (risos) – vamos lá explicar isso ao turista!

Um País em que, se alguém tem consciência e capacidade, tenta desenvolver um bom trabalho e … é acusado pelo povo de somente querer saber de museus! É um País pobre!

Jardins e canteiros secos e abandonados! Sujos! Um País onde a receita e a coima, é mais importante que o planeamento e o ordenamento! Um País que permite estacionamentos por todo o lado sem critério, mas geridos por autarquias que neles só mete parquímetros, GNR, PSP ou outros multeiros equiparados!

Quando um País, conhecido pela gastronomia, rouba e engana os que por cá querem comer, conhecer … não é um País de bem!

Quando num País, o mais importante é o show off e o on-line, está tudo dito! Um País sem planeamento, sem direção, sem governação … um País em que o mérito não conta e, somente a cunha e a hipocrisia faz sucesso, é um País sem futuro!

Um País que está novamente à beira da bancarrota (sim, porque o caminho que se leva, daqui a  4 ou 5 anos, voltamos a ter cá uma troika) em plena campanha eleitoral, uma fora de série, vem dizer que: Por termos muitas barragens, existe muita evaporação e, com isso muita perda de Água!  

Num País - ao que consta - o Presidente da República não irá presidir as cerimónias de comemoração da implantação da República e nem irá estar e nem votar nas eleições legislativas! Contribuindo assim para a alta taxa de abstenção, só porque acha mais importante ir ao Vaticano! 

Um País que tem um “hábil” e “sínico/cínico” primeiro-ministro e que não tem alternativa, é um País sem futuro!

Um País que tem os seus povoados todos ao abandono, não é um País que mereça a herança histórica e cultural que Portugal tem!

Um País que castra o seu povo, e pior, um País que permite ser castrada, é o pior que algum território pode ter ou viver!

Um País com o peso que Portugal tem, não pode estar neste momento neste estado!

 

Beijinhos

Estamos a perder a nossa história, a nossa cultura, o nosso património … estamos a ficar um povo castrado!

01.09.19 | Paulo Brites

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A Constituição da República Portuguesa atribui ao Estado a tarefa fundamental de proteger e valorizar o património do povo português. É ao Estado numa primeira instancia que recai essa responsabilidade.

Mas, também é ao Estado que a constituição da República Portuguesa lhe atribui muitas outras funções. Estado este, que como tudo que está à sua guarda e responsabilidade, simplesmente as ignora e, quando, por qualquer motivo é confrontado com essa realidade, pura e simplesmente “rodeia” as questões.

Se o património é cultural, passa a “bola” para as autarquias. Se o património é ambiental, passa a “bola” para o cidadão. Se o património é rústico, tenta junto dos seus amigos, alguém que o recupere e o mantenha, claro com uns dinheirinhos do Estado para ajudar as despesas de representação, enquanto se fazem e refazem as ideias e os projetos …  Se o património é religioso, passa a “bola” para as fábricas da Igreja. Se o património é desportivo, primeiro tem que ouvir o Benfica.

Depois, temos umas “coisitas” a que deram a sigla de “POLIS” e toma! Sr. Autarca aqui tem uma ferramenta para trabalhar …

Depois, criam-se grupos de trabalho em que as qualificações começam: Ser do nosso partido politico, não ser contra nós, ser amigo e não ter tendência para criatividade e acima de tudo, não ter opinião própria e não ser critico. Blá … blá … blá … se for bom profissional, isso pouco importa! Aliás de uma forma geral, a capacidade técnica e conhecimento, é o que menos importa aquando da seleção dos profissionais para executar tão importantes projetos.

Depois, temos por aí uns “teimosos” que se vão juntando, criam umas associações, lutam tipo D. Quixote e que em alguns casos, vencem a batalha dos moinhos com muita qualidade. Fazem e desenvolvem um belíssimo trabalho. São convidados, como forma de reconhecimento, a umas palestras nas universidades Portuguesas …

E assim vamos andando! O resultado disso tudo está à vista de todos! Temos um País em ruinas! Quer patrimonial, cultural, social e mais outros “ales” … No entanto, somos Reis e Capitais de tudo! Apostamos no turismo mediático, mas não no património!

As nossas estradas estão num estado lastimável. Construímos rotundas com obras de arte, mas não cortamos o pasto ao seu redor.  Temos os centros urbanos despromovidos de vida! Tudo está ao abandono! Os nossos povoados, em alguns casos, darão um excelente cenário para documentários ou filmes que retratem a história ou mesmo terror!

Temos castelos que são um habitat ideal para a manutenção de ervas e figueiras. Temos Igrejas e Catedrais quase em ruinas. Conventos são abrigos de ratos, baratas e outras espécies animais.

Não pensamos nem estruturamos as nossas cidades. Destroem-se vestígios com milhares de anos, para plantar oliveiras …

Somente tratamos bem as publicações nas redes sociais a dizer: Venha visitar-nos!

Culturalmente somos um povo violado e castrado. Não nos é permitido viajar, os euros não chegam! Como prova dessa castração, dou o exemplo rude e pequeno que o nosso Primeiro-Ministro deu aquando da notícia do passe único: “Agora já podem ir a Setúbal comer um choco frito, a Sintra uma queijadinha e a Cascais uma geladinho”. Haverá melhor exemplo de pobreza de espirito que esta frase?

Estamos a perder a nossa história, a nossa cultura, o nosso património … estamos a ficar um povo castrado!  

Ao lado, por terras ibéricas, eles não brincam! Os povoados têm vida! Têm história! Têm tradição! Têm a sua cultura! Certo que têm beatas e lixo no chão, mas para que nos serve isso, se o resto está a morrer?

 

Beijinhos