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Diz à mãe para migar as sopas ...

Diz à mãe para migar as sopas ...

Ser Alentejano não é ser americano! Ser Alentejano, como começou?

31.10.19 | Paulo Brites

DSC_10014-2.jpgNikon D3200, 18-55mm @ 20mm, f/7.1, 1/800s, ISO 100

 

Hoje é a noite em que por este Alentejo fora e, no País, se pediam os santos! Era e de alguma forma ainda é, uma tradição bem antiga! O marketing e o poder das culturas emergentes com o objectivo do lucro, alteraram a nossa tradição. A escola americanizou-se e não tem, nem teve, o poder que deveria ter: Transmitir aos seus alunos, hábitos, tradições e a cultura portuguesa. Por todo o lado assistimos “orgulhosamente” ao que, o que vem de fora, é que é bom! E eis que temos as nossas crianças, vestidas de bruxas e vampiros! Em vez das castanhas, temos abóboras … em vez de tradição, temos, importação!

Sou acima de tudo PORTUGUÊS! Mas antes de ser Português, sou Alentejano! É bom saber o que é ser alentejano!  

Nada percebo de antropologia ou de outra qualquer ciência que estude os nossos antepassados. Uma coisa é certa: só o alentejano sabe e consegue ser: “alentejano”! É algo que nasce connosco e que dificilmente se adquire.

Fazendo comparações entre portugueses, claramente, não é difícil chegar à conclusão que os portugueses do norte, são diferentes dos portugueses do sul.

Mas afinal a que se deve isso? Qual a origem dos alentejanos? Que povos ancestrais estão por base do “ser alentejano”?

Tudo começou há coisa de 50 mil anos. A Península Ibérica era habitada por uma população nativa paleolítica que deixou o seu testemunho de várias formas. Entre elas as famosas pinturas rupestres do Vale do Foz Coa, ou das Cavernas de Altamira ou do Vale do Guadiana … As antas, os menires … e por aí fora.

Na Lusitânia, no entanto, essas tribos paleolíticas eram diferentes das do resto da Península. Uns anos mais tarde, cerca de 30 mil, os norte-africanos do Paleolítico, da chamada raça mediterrânea, atravessaram o estreito de Gibraltar, ocupando quase toda a Península.

Cerca de 8 mil anos antes de Cristo, um outro movimento migratório, vindo da região norte do Saara, chegou ao território que é hoje conhecido por Alentejo - O Saara entrou em processo de desertificação e as populações ali residentes foram forçadas a iniciar esse movimento migratório.

Por volta dos 5000 anos antes de cristo, chega uma nova vaga africana – berbere e muçulmana. É esta a marca africana que em termos genéricos nos caracteriza a nós alentejanos.

Claro que depois, surgem os muitos povos que invadiram a península ibérica e que nos deixaram as suas características, tanto genéticas como culturais, em especial, os Romanos e os Árabes.

Todos os Portugueses contêm descendência genética desses povos. No entanto no norte, predominam os genes dos povos do norte da europa, os Celtas. No Alentejo, os genes de origem a sul, os Árabes.

Ser alentejano é único! Ser alentejano não é algo que se queira! Ser alentejano só se consegue se nascermos alentejanos! Mas existe algo que “nós” alentejanos, nunca poderemos esquecer: Aqueles que não nasceram alentejanos e o conseguem ser!

Isso tem 2 grandes particularidades: Ser alentejano é saber acolher e receber todos aqueles que vêm por bem. A segunda, é a enorme capacidade e inteligência dos que para o Alentejo vêm e conseguem ser alentejanos.

Que sejam todos bem-vindos! Mas que, se respeite as tradições e que não se queira ser romano fora de Roma!

Nada tenho contra os americanos ou irlandeses, mas hoje, é noite de todos os santos! Não é noite de bruxas!

 

Beijinhos!

 

Democracia Radical

26.10.19 | Paulo Brites

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Bem, as fake news existem numa quantidade enorme! São uma verdadeira praga! Por isso, tive que confirmar se era ou não verdade o post que circula pelas redes sociais. E é! É mesmo verdade!A “estória” da saia para mim não tem qualquer relevo! De entre outras que sim, têm para mim relevo e importância, está a “coisa” da Bandeira Nacional!

Por si só, deveria ter sido de imediato aberto um inquérito, em que, a sua conclusão deveria ser simples: Expulsão de deputada da Nação e proibição de exercer qualquer função politica no País!

Sei que me irão chamar Fascista, mas se ser Fascista é respeitar a nossa bandeira, então serei!

Quanto a este Twitter, cada um que pense o que entender!

 

Beijinhos

 

 

Um dedo de culinária - parte VI - Omelete de Espargos Bravos

21.10.19 | Paulo Brites

omolete de espargos 004 - Assinada.jpg

 

O Espargo Bravo ou Selvagem, cresce em lugares secos, pedregosos e expostos ao Sol. O que se come de um espargo bravo é o rebento novo.

Poucas vezes tenho partilhado aqui neste blog receitas de culinária. Sou da opinião, que cada coisa no seu lugar, no entanto, e porque tenho um blog dedicado a esse tão bom e intressante assunto - GASTRONOMIA - deixo aqui o link do hora da buxa para quem quiser acompanhar.

Para a Omelete de Espargos Bravos: https://hora-da-buxa.blogspot.com/2019/10/omelete-de-espargos-bravos.html

Bom apetite!

Beijinhos 

A romã, a amizade, o amor e, os seus 613 bagos

17.10.19 | Paulo Brites

DSC_3326-1-1.jpgNikon D3200, 18-55mm @ 18mm, f/7.1, 1/200s, ISO 100

 

Porque estamos no outono e na sua época (da romã), recordo um texto escrito por mim em Março de 2018. Um texto que pessoalmente gosto muito. E claro, um fruto que adoro!


“O amor e a romã se confundem na cor,

o doce amargo da fruta,
e amargo doce do amor,
será tudo a romã,
ou tudo será o amor!”

Aguinaldo Ribeiro

A Romã é um fruto que sempre foi venerado e continua a ser por todas as religiões, por todos os povos e, julgo que, por todas as pessoas. Um fruto que representa desde muitos séculos o amor, a amizade, a fertilidade … a mulher!

A Romã tem uma particularidade: Nunca nos engana! Quer ela seja grande, pequena, pesada ou mais leve, tem sempre o mesmo número de bagos, 613! É provavelmente o que de mais sincero existe no mundo! É sempre fiel e, sabemos exatamente com o que podemos contar, 613 bagos.

Na Mitologia Grega, a romã era atributo às deusas Hera, deusa das mulheres, do casamento e do nascimento e, Afrodite, deusa da beleza, do amor e sexualidade. Na Ásia a romã está associada aos órgãos genitais femininos, por isso, é o símbolo de desejo e da sexualidade feminina. Na Índia, muitas vezes, as mulheres bebiam sumo de romã a fim de assegurar a fertilidade e combater a esterilidade. De salientar que devido ao facto de a romã possuir 613 bagos dá origem a 613 sementes, tal qual os 613 mandamentos ou provérbios judaicos chamados de “Mitzvots”, presentes no livro sagrado, o Torá.

Consta que a romã terá chegado à Península Ibérica pela mão dos árabes. Para além das suas características mitológicas, medicinais (que são bastantes) tem uma outra: essa sem qualquer tipo de representação no amor ou na saúde, o seu nome científico (punica granatum) batizou uma arma de guerra, a granada.

E sim é verdade! A romã tem sempre 613 bagos! A romã é-nos sempre fiel! Seja grande, pequena, redonda ou mais oval, sabemos sempre o seu número de bagos. Coisa essa que infelizmente não acontece com tudo o resto! Podemos ter amigos, podemos ter amores, podemos ter tudo, no entanto nada se compara à Romã! Quando por qualquer motivo “abrimos” uma amizade, um amor, uma ideia, uma convicção, nunca saberemos se tudo nos é fiel. Se tudo é verdadeiro. Se tudo é, como pensamos ou esperamos! Com a romã nada disso acontece. Sabemos sempre o que vamos encontrar, sabemos sempre que iremos ter, 613 bagos!

Tanto no amor como na amizade, deveria estar sempre presente a beleza e a fidelidade da Romã!

Maomé aconselhava consumir romã para nos livrarmos da inveja e do ódio. Os maçons utilizam-na como um dos seus símbolos, significando "separados na sua individualidade e personalidade, mas unidos por um ideal".

Que tudo na vida fosse tão bom, fiel e confiável como a Romã. Mas não! Tal qual a sua evolução ao longo das estações do ano, a romã e a romãzeira ou romaneira são de uma beleza inconfundível. É por isso também que a romã é símbolo de fidelidade, de amizade, de amor. 

Que a beleza e simbolismo da romã faça parte de nós e, nunca na sua variante “bélica” da granada!

 

Beijinhos

 

Uma música e uma fotografia - parte LXXXI - GNR - Caixa Negra

16.10.19 | Paulo Brites

DSC_1635-1-3.jpgNikon D3200, 50-200mm @ 50mm, f/7.1, 1/1250s, ISO 220

 

https://www.youtube.com/watch?v=g1r-k999M6c

 

A caixa negra tem,
lá coisas que não revela a ninguém.
Não lembra ao diabo também!
A caixa negra tem,
altura que não convém, a ninguém!
Afetam e assustam também!
E há quem lhe chame preta
sem poemas na gaveta
mais uns sons tipo trombeta.

Há sempre uma bicicleta,
com motor é uma lambreta
uma bala na caneta!

A caixa negra nem,
tem cores que se distinguem muito bem.
Nem respeito nem pudor.
A caixa negra traz traz,
revelações do além
vai e vem;
vai e vem
vai e vem.

Quem levanta uma suspeita
uma perna mui perfeita
a tua espera rarefeita.
Há sempre uma bicicleta lá!
Que com motor é uma lambreta
uma bala na corneta.

Há mais uma bicicleta,
com motor é uma lambreta
uma bala na caneta.

Quem levanta uma suspeita não!
Uma saia, uma pedra
uma perna tão perfeita.
Lá vem uma bicicleta
com motor ou outra lambeta
uma bala na caneta.

Caixa negra vem,
caixa negra tem!

 

 

Uma música e uma fotografia - parte LXXIX - Joaquín Sabina - Noches de Boda

11.10.19 | Paulo Brites

DSC_10139-1-3.jpgNikon D3200, 18-55mm @ 18mm, f/5.1, 2s, ISO 100

 

https://www.youtube.com/watch?v=CpxvHfLe6zU

 

Que el maquillaje no apague tu risa,
que el equipaje no lastre tus alas,
que el calendario no venga con prisas,
que el diccionario detenga las balas,
Que las persianas corrijan la aurora,
que gane el quiero la guerra del puedo,
que los que esperan no cuenten las horas,
que los que matan se mueran de miedo.
Que el fin del mundo te pille bailando,
que el escenario me tiña las canas,
que nunca sepas ni cómo, ni cuándo,
ni ciento volando, ni ayer ni mañana
Que el corazón no se pase de moda,
que los otoños te doren la piel,
que cada noche sea noche de bodas,
que no se ponga la luna de miel.
Que todas las noches sean noches de boda,
que todas las lunas sean lunas de miel.
Que las verdades no tengan complejos,
que las mentiras parezcan mentira,
que no te den la razón los espejos,
que te aproveche mirar lo que miras.
Que no se ocupe de tí el desamparo,
que cada cena sea tu última cena,
que ser valiente no salga tan caro,
que ser cobarde no valga la pena.
Que no te compren por menos de nada,
que no te vendan amor sin espinas,
que no te duerman con cuentos de hadas,
que no te cierren el bar de la esquina.
Que el corazón no se pase de moda,
que los otoños te doren la piel,
que cada noche sea noche de bodas,
que no se ponga la luna de miel.
Que todas las noches sean noches de boda,
que todas las lunas sean lunas de miel.

 

https://paulobritesfotografia.blogs.sapo.pt/uma-musica-e-uma-fotografia-parte-117951?tc=20753608123

 

 

Essas “coisas dos amores”

10.10.19 | Paulo Brites

DSC_10118-1-3.jpgNikon D3200, 18-55mm @ 18mm, f/9, 1/400s, ISO 200

 

Hoje no meu zapping facebokiano, comecei por ver uma publicação daquelas que, como diz o povo, são para inglês ver (risos). Vale o que vale, ou melhor, não vale nada! Somente populismo e um trabalhar para número de “gostos”! Mas lá continuei a ver as novidades e os dizeres “da alma e espírito” das gentes lusitanas e dos seus dramas e amores … politica, mal dizeres, passeios e viagens, saudades, recordações e aniversários facebokianos … música, sarcasmos e anedotas (dessas gosto). Enfim, o normal e habitual. De entre as partilhas que vi, uma delas, chamou-me à atenção.

Dizia o post: “Do primeiro amor gosta-se mais, dos outros gosta-se melhor” - Antoine de Saint-Exupéry

Não desvalorizo o autor da frase. Aliás, até tenho alguma admiração por ele - um aviador, sonhador e sentimental.

Certo que tal frase e pensamento não é referente a um livro, uma música, um objeto … no entanto, também ele pode aplicar-se a várias situações, como por exemplo: um animal de estimação ou selvagem, uma camisa, uma caneta, uma máquina fotográfica, ou até mesmo a um sonho ou uma viagem por exemplo. Poderemos aplicar em quer que seja. Não podemos é contradizer-nos!

Acabei por pensar um pouco sobre isso de, "um gostar-se mais, outro melhor". Não consegui lá chegar! Quando se gosta, gosta-se e ponto final. Não há gostar mais ou melhor! Ou se gosta ou não! Claro que esta minha opinião, está toldado e moldada, ao que sempre pensei sobre essas “coisas dos amores”.

Diz o povo que não há amor como o primeiro. Bem, em certos aspetos não deixa de ser verdade. Sim, o primeiro amor marca sempre. No entanto, julgo que é sobrevalorizado. Um amor não termina! Um amor nunca acaba! Poderá mudar de forma (e muda), mas não tem fim! E se, tiver fim, é porque não foi amor!

Assim, porque queremos nós saber do primeiro amor? O grande amor não é o primeiro, o segundo, o grande, o pequeno … o grande amor é aquele que por ser grande e verdadeiro, não permite a existência de um novo.

O que se quer é o último amor!

Não o grande amor; nem o primeiro; nem o segundo; nem o que se gosta mais; nem o que se gosta melhor. O que se procura, é ter um amor que não permita a existência de outro e que seja correspondido. Esse sim, é o gostar mais e melhor num só! Não há amor que se goste mais ou amor que se goste melhor, há amor! E quanto mais depressa se encontrar o último amor, mais felizes seremos!

Beijinhos e boa sorte nessas coisas dos amores!

 

O que seria do céu sem o sonho de voar?

05.10.19 | Paulo Brites

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O bom de ter um blog é que, volta na volta, deparamo-nos com publicações nossas noutros blogs. Se isso é bom? Claro que vale o que vale! Se é melhor do que qualquer “parvoíce” publicada no facebook e que depois é partilhada? Sim é bem melhor! Essas não me motivam!

Obrigado pela partilha e pelas palavras de tão ilustre pessoa! Agora, perguntam vocês: Paulo mas de quem falas? Eu respondo: Não interessa quem é! O que interessa é o que foi dito! Quem é, só para cusquices faceboquianas interessa! Republico o meu post escrito em 14 de Agosto de 2018. Está exatamente como continuo a pensar no momento!

Então bons sonhos.     

 

“ … Sem sonhos, os ricos ficam deprimidos, os famosos aborrecem-se, os intelectuais tornam-se estéreis, os livres tornam-se escravos, os fortes tornam-se tímidos. Sem sonhos, a coragem dissipa-se, a inventividade esgota-se, o sorriso vira um disfarce, a emoção envelhece… Liberte a sua criatividade. Sonhe com as estrelas, para poder pisar a Lua. Sonhe com a Lua, para poder pisar as montanhas. Sonhe com as montanhas, para pisar os vales … “Augusto Cury

Não sou muito dessas frases feitas e desses sentimentos profundos que nos afoga, que nos mata aos poucos, sim, porque para mim esses pensamentos “de alimento” à Alma não faz muito sentido. Sou da opinião que o melhor alimento para o equilíbrio emocional somos nós mesmos e não essas frases feitas.

No entanto e citando John F. Kennedy - precisamos de seres humanos que sonhem o que nunca foram - de alguma forma, concordo! Faz algum sentido! Porque são os sonhos que abrem as janelas da mente, arejam as emoções e produzem um agradável romance com a vida.

Tenhamos que idade tenhamos o importante é sonhar, o importante é ir e se no caminho algo não deu certo, recomeça. Se no caminho sentiste que te enganaste ou te enganaram, esquece. Se o caminho te faz ou te fez sorrir, agarra-o. Se te fez chorar, larga. Se encontrares ou sentires mentiras e infidelidades, duvida. Se te chamou, vai … não olhes para trás!

O importante é mesmo o ir! Ir sem medo … ir sem pensar nos “ses”. Claro que é sempre necessário alguma destreza e capacidade de filtragem dos perigos que podem surgir mas sem sonhos não há vida! Mais importante do que qualquer meditação profunda sobre isso ou aquilo é ir! Mas sempre atento aos perigos e, às duplas personalidades que este sonho possa ter! Confiar no sonho? Sempre! Mas se o sonho não te for fiel, recomeça!

Afinal o que seria do céu sem o sonho de voar? Contemplação? O sonho não permite contemplação, a contemplação é que permite o sonho!

Sei que está muito calor para essas lamechices no entanto o sonho não tem momento, não tem frio ou calor … o sonho é todos os dias!

Beijinhos … e não se esqueçam de sonhar!

https://paulobrites.blogs.sapo.pt/o-que-seria-do-ceu-sem-o-sonho-de-voar-99609?tc=20303867661

 

 

Posso ter dúvidas no que quero, mas sei exatamente o que não quero politicamente

03.10.19 | Paulo Brites

DSC_10057-1-2.jpgNikon D3200, 50-200mm @ 52mm, f/7.1, 1/80s, ISO 400

 

Ditadura é quando uma única pessoa ou grupo de pessoas, exerce o poder sobre as demais, impondo a sua vontade e, exigindo que se obedeça. De entre os muitos sinónimos destaco: Tirania, dominação e absolutismo – isso claro, para não referir os mais extremistas, porque os há!

Durante décadas no seculo passado, Portugal, esteve debaixo de uma ditadura! Depois, chegou finalmente a esperada revolução e queda do grupo de ditadores. Com essa revolução surgiram figuras políticas em que, alguns, tentaram impor pela força as suas ideias. Outros houve que, muito bem, tentaram impor-se pela ideologia, palavras e ações. Todos eles foram importantes! Mesmo os que tentaram à força impor as suas ideias, converteram-se à palavra. E isso, só por si, deveria ser algo que os Portugueses se deveriam orgulhar. Eu tenho admiração por essas pessoas, mesmo não concordando ideologicamente com eles. Podemos perfeitamente ter essa admiração mesmo não concordando! Somente os hipócritas e “ditadores” poderão discordar disso!

Depois, bem depois … passam uns anos e, essas figuras que surgiram após a ditadura foram perdendo o seu peso. Uns assassinados, outros porque já não se reviam no caminho que se levava e afastaram-se. Outros houve que em momentos se perderam ideologicamente e passaram para o lado dos outros … Também existiram pessoas que até ao ultimo dia defenderam com toda a garra os seus ideais. Volto a dizer: embora não concordando com muitas coisas nos seus ideais, mas admirei e admiro esse tipo de pessoas!

Surge a última década do seculo XX. Nesse momento, na política, de forma geral, aparecem aqueles que nunca serviram a política mas, que dela se querem servir! E assim foi! Um dos Gurus da luta antifascista, toma conta do poder e faz escola! O problema é que, não era homem sério! Nunca foi!

Aqueles que teriam condições para governar este País, foram afastados! No seu lugar, surgem os amigos, filhos, cunhados, interesses financeiros, corrupção … e por aí! O Socialismo confunde-se com Soarismo e Cavaquismo, mais tarde com, Guterrismo e Sócrismo! E chegamos a 2012!

Existe uma imposição de quem nos financia, porque claro está, isso levou-nos à bancarrota e, demos mais uma machadada no nosso País.

Surge alguém, que com o apoio do único tubarão de Abril, faz um golpe palaciano no Largo do Rato. O seguro não morreu de velho, mas o “velho” continua a defender o que sempre fez: Corrupção! Mais tarde, o filho do Soarismo, fica em 2º lugar na contagem de votos mas, considera-se como 1º. Faz uma “coisa” em que o Soarismo é forte: negociatas à porta fechada!

De quase todos os intervenientes políticos a seguir a Abril, nos primeiros, são poucos os casos de corrupção conhecidos, ressalva ao Márinho claro – Há sempre uma ovelha negra e exceção à regra!

Nos anos 90, ui … já são muitos! No início do 2º milénio DC … até mete dó! Na 2ª década, é à vista de todos, sem vergonha, sem pudor e com total impunidade!

Atualmente, temos um governo que vai a votos daqui a 4 dias e que: Mais de metade dos seus ministros e secretários de estado têm acusações de corrupção e favorecimento … alguns, já condenados!  

E é isso um pouco da história recente de Portugal! Certo, aos olhos de quem consegue esquecer e manter distancia das cores partidárias ao ler este texto! Poderão não concordar com esta minha visão! Estão no seu direito! Mas nunca poderão deixar de pensar: Talvez seja a verdade!

Hoje morre um dos homens que surgiram após o 25 de Abril. Se gostava ou não da sua pessoa e ideologia politica, pouca importância tem! Foi um dos homens que, de alguma forma, “se virou” a determinada altura da sua vida! Desses não gosto! Mas, existe sempre um “mas” … poucas ou quase nenhumas acusações de corrupção! Só por isso, deveria merecer o respeito de todos!

Acabo como terminei. Falar da ditadura. Está em alta um movimento que não é de esquerda nem de direita em termos ideológicos. É uma “coisa” qualquer! Mas é uma “coisa” perigosa! É uma “coisa” que utiliza os verbos: proibir, impedir, limitar, restringir … Não serão eles, sinónimos de ditadura? Claramente que sim!

Posso ter dúvidas no que quero, mas sei exatamente o que não quero politicamente: ditaduras, extremismos, corrupção, soarismos, geringonças e claro, “Costices”!

Os meus sentimento aos familiares do professor Freitas do Amaral.

 

 

Então boa viagem!

01.10.19 | Paulo Brites

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Os gurus da auto-ajuda e do bem-estar espiritual e interior dizem: a nossa vida é dividida em períodos e círculos de 7 anos! Não sei se por esse motivo, dizemos que os gatos têm 7 vidas, ou se pelo facto, de tão belos animais caírem sempre de pé. O que é certo é que, numa vida há várias vidas. Também de outra forma, esta vida não teria a beleza e o encanto que tem.

Há dias lembrei de uma velha anedota. Daquelas que nunca esquecemos: Um belo dia no comboio Évora-Barreiro, 2 alentejanos para matar o tempo da viagem, lá seguiam sempre a falar um com o outro. No banco ao lado, seguia a Doutora Gramatical Edite Estrela. Hás tantas, não resistiu e corrigiu o português dos alentejanos:

- Meus senhores, peço desculpa mas tenho que chamar a atenção para uma coisa: há pouco o senhor dizia que vai ao Barreiro, depois diz que vai para o Barreiro. Está errado! Ir ao Barreiro é ir e voltar. Ir para o Barreiro, é ir e ficar.

O alentejano ficou a olhar para ela de forma pensativa. Ao que a Doutora Gramatical pergunta: mas o senhor não diz nada? O alentejano responde: estou cá a pensar se a mando à merda ou para a merda.

E é isso! Quem me conhece sabe a minha opinião sobre os gurus da auto-ajuda, que neste momento, estão num período alto da sua carreira. Têm direito à vida, tal como também o nosso primeiro-ministro tem direito a necessitar, da ajuda da camarada Edite Estrela.

O que não percebo é porque ela não o ajuda! Tal como não percebo, religiosos a venerarem Lenine ou homossexuais a defender a tese marxista de Stalin.

Mas enfim, tal como o Ricardo Araújo Pereira, em tempos atrás escreveu sobre esta "coisa" do ama-te e conhece te a ti próprio e, que disse sobre o tema: "A primeira é imoral. A segunda, é desinteressante..."

E é isso, bom dia para todos e, também para aqueles que vão de viagem de comboio.

 

Beijinhos