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Diz à mãe para migar as sopas ...

Diz à mãe para migar as sopas ...

Um poema, uma música, uma fotografia e votos de bom Ano Novo!

31.12.19 | Paulo Brites

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Joaquín Sabina - Noches de Boda

Não seria possível chegar ao fim de ano e não partilhar algo de Joaquín Sabina ... Sim, aqui fica, um poema e uma música dele! Bom ano para todos e que, nunca nos esqueçamos, do que o Joaquín Sabina escreve neste excelente poema! Felicidades! 

 

Que el maquillaje no apague tu risa
Que el equipaje no lastre tus alas
Que el calendario no venga con prisas
Que el diccionario detenga las balas

Que las persianas corrijan la aurora
Que gane el quiero la guerra del puedo
Que los que esperan no cuenten las horas
Que los que matan se mueran de miedo

Que el fin del mundo te pille bailando
Que el escenario me tiña las canas
Que nunca sepas ni cómo, ni cuándo
Ni viento volando, ni ayer ni mañana

Que el corazón no se pase de moda
Que los otoños te doren la piel
Que cada noche sea noche de bodas
Que no se ponga la luna de miel

Que todas las noches sean noches de boda
Que todas las lunas sean lunas de miel

Que las verdades no tengan complejos
Que las mentiras parezcan mentira
Que no te den la razón los espejos
Que te aproveche mirar lo que miras

Que no se ocupe de ti el desamparo
Que cada cena sea tu última cena
Que ser valiente no salga tan caro
Que ser cobarde no valga la pena

Que no te compren por menos de nada
Que no te vendan amor sin espinas
Que no te duerman con cuentos de hadas
Que no te cierren el bar de la esquina

Que el corazón no se pase de moda
Que los otoños te doren la piel
Que cada noche sea noche de bodas
Que no se ponga la luna de miel

Que todas las noches sean noches de boda
Que todas las lunas sean lunas de miel
Que todas las noches sean noches de boda
Que todas las lunas sean lunas de miel

Sou um perigo para a sociedade! Sou alguém que promove a violência e um criminoso!

28.12.19 | Paulo Brites

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E é isso meus amigos! Sou um perigo para a sociedade! Sou alguém que promove a violência e um criminoso! Estava a falar por messenger com uma pessoa amiga sobre sitios e vivências que já tive em algumas viagens que fiz! Partilhei estas fotos, uma de Cuba, outras 2 de Marrocos! E eis que sou considerado "persona nom grata" pelo facebook, alegando que promovo a violência e tenho um comportamento criminoso! Bem ... acho que está tudo dito!

Já gastei 3 vidas em dias 27 de Dezembro!

27.12.19 | Paulo Brites

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Quem me conhece bem, sabe os meus “karmas” com os dias 27 de Dezembro. Sim é verdade! Já gastei 3 vidas em dias 27 de Dezembro! Mas como qualquer gato, ainda me restam mais 4!

Poderia comemorar este dia de hoje, 27 de Dezembro de 2019, de uma forma lamechas ou algo do tipo; ou então como qualquer crente; mas eu não sou crente! Eu sou ateu praticante!

Muitas músicas poderiam hoje ser referencia nesta minha comemoração. Sim, é verdade! Muitas mesmo! Também muitos poemas o poderiam ser!

Mas gosto desta: Time - Pink Floyd!

(…) And there is time to kill today
And then one day you find
Ten years have got behind you
No one told you when to run
You missed the starting gun (…)

Mas … sou mesmo jovem e ainda estou na partida! Ainda estou aqui! Ainda tenho tempo! Ainda não olho para o tempo! Ao contrário da letra da música, estou firme e hirto! Estou jovem e vivo!  

Em:

  • 1980 tinha 11 anos;
  • 1990 tinha 21 anos;
  • 2002 tinha 33 anos;
  • Depois em 2016 não gastei uma vida, mas ressuscitei por breves momentos … devido a uma “bruxice” – já não sei se é com “C”, se com 2 “S” que se escreve!

 

Como alguém disse um dia: Sejam felizes!

E sim, o tempo está comigo! E é com ele que seguirei o meu caminho!

Se alguém me acompanhar, será bem-vindo, mas sempre como se não existisse amanhã! O “time” somos nós que o fazemos, que o vivemos ou que, o terminamos! Por agora, só quero gastar as restantes 4 vidas que me restam e, esperar que me seja possível esse desejo! Uma de cada vez! Sejam elas num dia 27 de Dezembro ou em qualquer outra data!

 

 

Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.

Tired of lying in the sunshine
Staying home to watch the rain.
You are young and life is long
And there is time to kill today.
And then one day you find
Ten years have got behind you.
No one told you when to run,
You missed the starting gun.

And you run and you run to catch up with the sun
But it's sinking
And racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way
But you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.

Every year is getting shorter
Never seem to find the time.
Plans that either come to naught
Or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desparation is the English way
The time has gone, the song is over,
Thought I'd something more to say.

Home, home again
I like to be here when I can
When I come home cold and tired
It's good to warm my bones beside the fire
Far away, across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells

Afinal fumar não mata! O diesel não polui! O gás não é tóxico!

22.12.19 | Paulo Brites

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Afinal fumar não mata! O diesel não polui! O gás não é tóxico!

 

Por cada 100 gramas de tabaco de enrolar comprado em Espanha, se com o mesmo dinheiro, comprar o mesmo tabaco em Portugal, só compro 66 gramas! Portanto, a diferença de impostos fumam-me 34 gramas por cada 100!

Se abastecer 50 litros de diesel plus, pago 62,50€ em Espanha. Em Portugal, com o mesmo dinheiro, só abasteço 43 litros. A diferença de impostos, consomem 7 litros por depósito!

Se comprar gás em Espanha, 1 kg custa: 1,18€. Em Portugal com 1,18€ só se compra 0.57 kg. A diferença de impostos fazem evaporar 430 gramas por kg. Portanto, por cada botija de gás de 13 kg, há uma evaporação de 5,59 kg!

Tendo por base o ordenado mínimo em 2019 e dividido pelos 30 dias do mês, um trabalhador português, necessita que o mês tenha 45 dias, para que, ganhe o mesmo que o espanhol! A diferença de ordenado mínimo, obriga-nos a trabalhar mais 165 dias por ano (isso se tivermos férias é claro) para ganhar o mesmo que o espanhol!

Sim, façam as contas e não me chamem mentiroso!

Agora digo eu: se fumar mata! Se o gasóleo polui! Se o gás é tóxico! Porque raio, não morrem os impostos, os nossos políticos, as taxas e as taxinhas?

E o pior de tudo, é que ainda há quem fique orgulhoso e diga: a culpa é do outro porque agora, temos o Ronaldo das finanças! E um primeiro-ministro amigo do povo!

O tuga é mesmo um caso de estudo psiquiátrico, só pode!

 

A gastronomia alentejana, os galos de “aviário”, os seus adornos e adornados!

18.12.19 | Paulo Brites

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Quem é alentejano sabe do que falo. Quem não é alentejano, percebe o que escrevo. A gastronomia e em particular a alentejana, definitivamente entrou na moda! Se isso é mau? Não! O que é mau, é o elitismo que algumas modas fomentam. Particularmente aqueles, que nelas vão.

A gastronomia alentejana sempre foi, é e será, uma gastronomia do povo e para o povo. Querer fazer dela algo elitista, é o primeiro grande erro na sua defesa.

Na sua origem está o povo! Na sua base, a terra, a serra, os rios e ribeiros e, os produtos deles retirados. Na sua existência, o passar de testemunho de geração em geração, com a sabedoria de matar a fome com o pouco que havia. Na sua preservação, o convívio simples e salutar, que na sua mesa, acompanhada do cante, reunia e reúne os amigos e familiares. No seu futuro, estará sempre a humildade da sua própria característica!

Quando se esquece a sua origem. Quando se quer dela fazer algo de elitista. Quando em nome dela, nos queremos afirmar e tornar populares. Quando em nome dela, a queremos defender de forma maçónica. Quando alguém, com um cordão dourado e chumbo ao pescoço, em seu nome (gastronomia alentejana), constantemente só a apresenta em palácios, catedrais, conventos e salas similares … que veda e dificulta o seu acesso ao povo, se esquece dele que é o seu dono, bem, a gastronomia alentejana nunca foi, nem será isso!

A todos aqueles que na ausência de um título académico, se auto-denominam gastrónomos, é bom não esquecer que: A gastronomia alentejana é do “Ti Manel, da Ti Maria do Ti Jaquim, da Ti Zabel”.

Faisão não é perdiz! Cortiça não é cristal! Terrina não é “barranhão”! Cobre não é barro! Se assim é, que a "moenga" seja sempre o norte! Que a bolota castanha seja sempre castanha, e não azul!

Que se preserve as suas características e não se queira ser mais papão que o papa!

Um bem-haja a todos, que a amam, a bem tratam e a preservam! Aos outros, que deixem os “veados” para os titulados e sua pobreza! O porco, para os analfabetos e sua simplicidade!

Um viva à gastronomia alentejana da “galinha livre” e não, do galo de “aviário” e dos seus adornos!

Boas açordas a todos, um abraço!

 

 

Círculos, Quadrados e Rectângulos

17.12.19 | Paulo Brites

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Círculos, quadrados, rectângulos,

passagens, rotundas, cruzamentos;
Todos têm princípio e fim!
Espécie de professores
de ensinamento teórico e mágico
fundos e profundos;
Muitos restaurantes estão nas suas bermas!
Comer, beber, rezar e amar
o teórico é belo!
Mas o belo nada tem de teórico.
A prática que mora na verdade
é toda ela, aquela, que nos têm para dar.

Expectativas crescentes
em desordem decrescente;
Saia, não saia,
verbo, substantivo,
adjectivo temporal, pouco importa!
Círculos, quadrados, rectângulos
passagens, rotundas, cruzamentos …
Águas, azeites, óleos … fluídos!
Compreensão cíclica é liberdade
do processo sábio
da intensa forma possível.

Sem arrependimento, sem cobrança,
intensa; leve na sua maneira.

Luto, tempestade, céu,
somente um círculo quadrado
que abre às 9 e encerra á 19.
Tal qual a mercearia da esquina
gratos pelo pão que vendem;
Recordações amanteigadas de sabores que se
tornam, professores da nossa memória.

Jornada a jornada
conexões importantes e indexadas
aos congelados do capitalismo
as teremos que entregar.
Quem sabe ao socialismo e maçonismo.

Será? Talvez não!

Afinal: Círculos, quadrados, rectângulos
passagens, rotundas, cruzamentos …
Todos têm princípio e fim
e todas têm que terminar!


Paulo Brites


Meros mortais, repletos de emoções

16.12.19 | Paulo Brites

DSC_10104-1-3.jpgNikon D3200, 18-55mm @ 55mm, f/5.6, 1/60s, ISO 100

 

Ouro ou prata
A manutenção é igual.
Meros mortais, repletos de emoções
E carências naturais;
O colo, o consolo no seu tamanho,
A importância do importante;
Uma felicidade; uma meta.
Uma amarra? Não é em pessoas.
É em navios parados!
Remédios naturais do cansaço e da alma
No medo, vergonha, carência
Não se engane!
O enferrujar de uma mão,
O deteriorar de um braço,
Aqueles 30 segundos do abraço.

A oxidação que enruga o rosto,
O decapante que tira a ferrugem.
A falta dela? Acaba com ele
Na autossuficiência vulnerável
De uma massagem nos pés.
Ouro ou prata?

A manutenção é igual!
Meros mortais, repletos de emoções
E carências naturais!


Paulo Brites



Simpático sempre que possível

14.12.19 | Paulo Brites

DSC_10300 - Cuba-1-2.jpgNikon D3200, 18-55mm @ 35mm, f/3.8, 1/3200s, ISO 100

 

Atitude! Comportamento! Agir e reagir,
o importante da importância
do conhecimento do ser; de o fazer!

Comunicação, erro de palavras
comprometimento de inteligência emocional ou falta dela,
representação ou engajamento?
Quanto de conhecimento determina?
Quanto da apresentação é verdadeira?
Não importa!
Das atitudes positivas da rotina terão que sair!

Elementos não reagem sem outros elementos.
Os resultados não diferem sem ações;
A aptidão livre, não é assim tão livre
tal qual a sintonia da liberdade, não depende … do “alfabeto”.

A designação restrita do que é
só o é; Sendo!
A espontânea escolha da atitude
é a relevância do seu ser.
Não é a busca, mas sim a coerência!
A expressão corporal do abre e fecha a boca
com falta de postura, tom e voz;
Só atrapalha a atitude.

Simpático sempre que possível,
comunicativo por demais!
Sustentável em cada momento
nos conceitos e atitudes.
Recicle lixo!
Apague luzes!

Mas nunca; se contradiga!


Paulo Brites


 

Limites ...

08.12.19 | Paulo Brites

DSC_10090-1-2.jpgNikon D3200, 50-200mm @ 200mm, f/5.6, 1/60s, ISO 400

 

Limites …
Os meus, os teus, os dos outros
A admiração, contemplação, é fogaz
A minha, a tua; a dos outros!
Será?
Representação e encenação,
Coisas de crianças, anonimatos?
A busca do que falta, no que nos falta?
Um perigo!
Uma proteção, uma capa
Um lugar, ou coisa nenhuma.
Viver constantemente
Sem necessidade
É a fábrica de objetos limitados.
Como está o seu preço?
Porque valor?
Se é necessidade,
Um desejo que se seja o que não é
A anulação é completa.
Inútil? Porquê?
Há sempre valor no que não tem preço.
É um desejo, uma vontade
E não o que é!
Inútil? Porquê?
Por valor?
Bem, por valor é o que não é!
E o teu preço,
É mais alto que o teu valor
Mais ninguém o poderá valorizar … senão,
O seu valor!

 

Paulo Brites

 

 

Um Poema e uma Fotografia - parte I - Álvaro de Campos - Acaso

03.12.19 | Paulo Brites

14355701_1145987795496196_4830095495362832906_n-1-Nikon D3200, 50-200mm @ 180mm, f/9, 1/320s, ISO 100

 

No acaso da rua o acaso da rapariga loira.
Mas não, não é aquela.

A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.

Perco-me subitamente da visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
E a outra rapariga passa.

Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.

Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!
Ao menos escrevem-se versos.
Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por génio, se calhar.
Se calhar, ou até sem calhar,
Maravilha das celebridades!

Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos...
Mas isto era a respeito de uma rapariga,
De uma rapariga loira,
Mas qual delas?
Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade,
Numa outra espécie de rua;
E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade,
Numa outra espécie de rua;
Porque todas as recordações são a mesma recordação,
Tudo que foi é a mesma morte,
Ontem, hoje, quem sabe se até amanhã?

Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional.
Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas?
Pode ser... A rapariga loira?
É a mesma afinal...
Tudo é o mesmo afinal...

Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isso é o mesmo também afinal.

Álvaro de Campos