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Diz à mãe para migar as sopas ...

Diz à mãe para migar as sopas ...

Covid-19 – Parte de Reguengos de Monsaraz, está bloqueado!

28.03.20 | Paulo Brites

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Parte dos munícipes e habitantes de Reguengos de Monsaraz, está bloqueado pelo Presidente da autarquia. Até aí, não vejo mal ao mundo! O problema, é quando a informação de saúde pública concelhia, é por este canal que é fornecida e, dada a conhecer aos seus cidadãos!

Reguengos de Monsaraz é um pequeno concelho do Alentejo Central. Distrito de Évora. É um povoado a que lhes chamam cidade. Uma cidade que é capital de tudo, menos da democracia. Ao longo dos últimos anos, a política deste povoado, tem sido pautada, pela atividade e divulgação virtual. Vive virtualmente. Tudo o que acontece, é nas redes sociais, em particular, no Facebook. Estou crente que não é só no concelho de Reguengos de Monsaraz. Exemplo disso, é a própria capital da nação. Onde até se contrata um fotógrafo amigo, pago a peso de ouro, somente, para fotografar as movimentações pessoas.

Mas, por aqui, no Alentejo Central, para além da política ser feita com o objetivo faceboquiano, quem não está a favor; Quem faz algum comentário que meta em causa essa política; Quem discorda de algo; Enfim… quem não diz amém a tudo, não coloque um gosto ou adoro, é bloqueado.

Oficialmente no dia de hoje, Reguengos de Monsaraz, tem 3 casos de covid-19. Num total nacional é insignificante. Mas, na realidade local, tendo em conta o baixo número de habitantes e a sua faixa etária, é considerável.

A política de comunicação do município continua a ter o Facebook como canal. Mas, existem centenas de munícipes bloqueados. Será que, mesmo neste momento, é tão importante a censura e o bloqueio? Claro que sim! Se não votas em mim e não és meu amigo, não tens direito a saber o que acontece, e nem, saber o que deves fazer para não seres contaminado, ou, contaminares. É o chamado, bloqueio viral. Será só aqui? Ou quantos concelhos mais haverá? Tendo em conta, que isso do bloqueio, é acima de tudo, uma questão ideológica de fazer política, deverá existir muitos mais por este país fora.

Bem, vou pedir a um amigo, que não esteja bloqueado, que me informe, do que vai acontecendo em termos de saúde pública por esta terra, capital da democracia, opsss ... era para dizer, capital do vinho, desculpem!

Bem, antes que diga mais coisas e que seja alvo de um processo de difamação em tribunal, termino, não com beijinhos e abraços, como é normal. Mas sim, com uma seca gargalhada sanitária!

 

O Estado de Emergência do Covid-19

17.03.20 | Paulo Brites

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Vamos ver se eu percebo! Entramos numa outra fase da pandemia. O alarmismo português é uma das nossas características, infelizmente. O mundo vai acabar! Os otimistas são uns filhos da mãe – que se leia, P-U-T-A! os velhos do Restelo ganham protagonismo! Enfim, uma série de características muito próprias do ser português!

 

Neste momento, está tudo contra o Prof. Marcelo pela demora da decisão, do Estado de Emergência.  Mas será que temos noção do que é o Estado de Emergência?

Se me permitirem opinar, sem que me ofendam sff, vamos fazer um ponto da situação.

O que necessitamos? Necessitamos calma, bom senso e acima de tudo respeito por todos. Necessitamos que o País consiga funcionar num todo. Necessitamos de tratar quem está doente. Necessitamos de proteger as crianças, os idosos e os mais vulneráveis. Necessitamos de fazer e cumprir um período de quarentena. Que a distribuição de tudo o que necessitamos para a nossa sobrevivência seja de facto, uma prioridade. Necessitamos de controlar entradas e saídas no nosso espaço, mas não, como alguns dizem, que os caravanistas sejam expulsos e regressem ao seu país. Não! Também temos caravanistas portugueses por esta Europa fora! Se estão cá, temos que tratar deles, como se de um português se tratasse! Necessitamos de criar mínimos para as compras de supermercados. Necessitamos de evitar a propagação do vírus. Em suma, necessitamos de autocontrolo, de manter a mente em bom estado de funcionamento e, acima de tudo, bom senso.

Temos por hábito criticar tudo e todos, em especial, nas redes sociais. Também temos por hábito, a ausência de raciocínio (infelizmente em muitos de nós, ela não é ausência, é mesmo uma característica).

Mas o que vai alterar com o decretar do Estado de Emergência? Perda total de direitos e liberdade! Por exemplo, iremos colocar nas mãos dos patrões, autonomia para que possam eles, num qualquer escritório, em alguns casos, numa qualquer praia no mundo, junto das suas contas de offshore, que nos façam ainda mais “carne para canhão”. Vai acontecer, que um militar nos diga: ou vais para casa, ou dou-te um tiro na cabeça – que se leia cornos. O que vai acontecer, é somente, ou vais a bem, ou vais a mal. O vírus, não reconhece se estamos ou não num estado de emergência. Ao contrário de uma guerra ou de calamidade atmosférica, em que, é necessário meter o “rebanho” no seu curral, esta crise da pandemia Covid-19, tem outras características e necessidades.  

É de conhecimento geral, que as palavras do nosso primeiro-ministro, de que a crise anterior, já passou e que, o país está bem, são uma pura jogada de marketing e de política, para, as redes sociais. A realidade é outra. A realidade é que não temos dinheiro para mandar cantar um cego! A realidade é que, quem sabe, até o próprio estado, num curto espaço de tempo, não tenha dinheiro para nada!

Decretar um Estado de Emergência, não será de certeza a melhor solução. Este momento que vivemos, é acima de tudo, uma questão de bom senso e de inteligência.

É ficar em casa quem de facto pode! É criar condições, para quem não o pode fazer, tenha o máximo de segurança possível! É em primeiro lugar, uma questão de civismo! Este civismo, nunca será produzido pelo decretar do Estado de Emergência!   

 O que necessitamos é dizer aos patrões: Vais ter que trabalhar em serviços mínimos, esquecer o dinheiro, e somente chamar os funcionários, necessários para esses serviços mínimos. É necessário, dizer aos pequenos empresários: não se preocupem com o pagamento de IVA, de segurança Social e outras coisas do tipo, depois de controlar o surto, logo se vê o que se consegue fazer. É necessário dizer ao povo: Se não consegues neste momento dinheiro para pagar a água, a luz, o gáz … não te preocupes, nós iremos mais tarde tratar disso! O dinheiro não é tudo na vida! Aliás, o dinheiro não é nada! A tua vida é mais importante!

É necessário, que o Governo da Republica tome medidas em tempo útil, e que, não seja necessário, por exemplo, Camaras Municipais e Governos Regional, as tenham que tomar por antecipação!   

Meus amigos, isto não irá passar em 3 dias… Isto, vai ficar muitos dias!

É necessário sentir que o Estado está do nosso lado! Para qualquer exercito, é necessário um comandante de mente sã! Não será com certeza, decretando, Estado de Emergência que isso acontece! O Estado de Emergência é nosso! O Estado de Emergência é acatar, sem imposição, o que temos que fazer!  E deixarmo-nos de merdas!

Beijinhos e abraços virtuais!

 

O COVID-19 e a Matemática que nos ensinaram na Escola!

16.03.20 | Paulo Brites

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(foto retirada da net)

Vamos lá relembrar um pouco de matemática, que todos nós, aprendemos na escola! Claro, a maioria não se lembra e outros tantos, diz que esta merda não serve para nada! No entanto, há outros tantos, que pensam matematicamente e, porque, este pensamento, é importante, FICAM EM CASA!

 

ENTÃO AQUI VAI!

Uma progressão geométrica é uma sequência numérica na qual cada termo, a partir do segundo, é igual ao produto do termo anterior por uma constante, chamado de razão da progressão geométrica. A razão é indicada geralmente pela letra q (inicial da palavra "quociente").

Uma progressão aritmética é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo, é igual à soma do termo anterior com uma constante (r). O número (r) é chamado de razão ou diferença comum da progressão aritmética.

Crescimento exponencial ou geométrico é quando a taxa de crescimento de um valor não depende de uma constante exponencial fixa previamente dada numa função, e sim da iteração entre uma constante de crescimento e uma variável.

Todas elas dão resultados diferentes e crescimento diferentes!

Obrigado pela atenção e FIQUEM EM CASA! E mesmo em casa, não esqueça o que nos ensinaram na pré-primária: lavar as mãos, como se lavam e, a importância disso na nossa (de todos) higiene!

 

Covid-19 e a Estupidez Generalizada

13.03.20 | Paulo Brites

“Ser ignorante é aceitar sem questionar, é viver numa espécie de prisão vendo o mundo por detrás de grades e ser feliz com esta situação” uma frase de uma amiga, que ontem, no meio de algumas mensagens privadas, surgiu!

E surgiu, como complemento e resposta a uma outra mensagem minha: sem ignorantes a corrupção fica mais difícil! Se alguém lhes ensina e aprende matemática, fica mais difícil esconder contas. Se ensinamos a ler, já não nos ouvem! Se lhe ensinamos geografia, ficam a saber que a Austrália não é um continente mas um país... Se lhes ensinamos literatura, não vão gostar dos nossos poemas.

Bem, poucas palavras há necessidade de utilizar nos dias de hoje. Elas requerem é atitudes! No entanto, vou tentar ser resumido!

Quando há décadas atrás permitimos que o caminho fosse o da ignorância, conseguimos ser mais ignorantes, do que os ignorantes que o estavam a trilhar. Poderia aqui falar de muita coisa e sobre mais outras tantas. Mas não. Somente vou falar da “Escola”! Não da “escola” física que se reconhece nos seus edifícios, mas a escola real da vida!

A escola, não são somente alunos, professores, auxiliares. A escola é a sociedade num todo! Somos todos nós!

Neste momento de crise que vivemos, crise de saúde pública (porque temos muitas mais crises, tão ou mais importantes), percebemos exatamente que o nível medíocre com que se nivelou o país nas últimas décadas, é deveras preocupante! O facilitismo na escola, na educação, no respeito, está bem patente que foi e é um erro enorme!

Tenho estado a acompanhar o decorrer de tudo, que há volta do covid-19, tem existido. É certo que o humor, muitas vezes, é uma desculpa e uma forma de dizer: não posso falar de outra coisa mais séria, porque vocês não percebem!  Tenho visto comentários que não lembram ao Diabo! Falo de comentários, principalmente, em publicações de órgãos de comunicação social. A falta de conhecimento, critérios e acima de tudo, a falta de capacidade de raciocínio e educação, é gritante!

A culpa, não está somente nas pessoas! A sociedade que infelizmente temos hoje, é o reflexo do total abandono de um dos pilares de uma sociedade moderna, a escola. Escola que deveria ter munido o cidadão de capacidades de raciocínio, de conhecimentos, de inteligência. Mas não! E não porque, como já referi, sem ignorantes a corrupção fica mais difícil! Se alguém lhes ensina e aprende matemática, fica mais difícil esconder contas. Se ensinamos a ler, já não nos ouvem! Se lhe ensinamos geografia, ficam a saber que a Austrália não é um continente mas um país... Se lhes ensinamos literatura, não vão gostar dos nossos poemas.

Como prometi, não me vou alongar muito neste texto, felizmente ainda acredito que existem pessoas que percebem este meu desabafo! Mas não quero deixar de salientar 2 coisas:

- Como é possível, que tenhamos que informar constantemente e sistematicamente, socorrendo inclusive de imagens, para explicar a importância de lavar as mãos? E como se lavam!

- Também gostava de referir: Há uma disciplina no currículo escolar que se chama história! Nela, aprendemos o que os nossos antepassados fizeram acontecer. De entre as muitas coisas, relembro que a guerra biológica e química, não é coisa nova! Ela, já existiu! Para não massar, falo somente das conhecidas covas do lobo, que existem nos perímetros dos castelos. Eram utilizadas, para em paus com bicos afiados, colocar carnes podres, para que, quando existisse um ataque inimigo, o mesmo caísse na armadilha e nas feridas daí decorrentes, a peste, os contaminasse! Cada um, que retire daqui a conclusão que entender!

Bem, para terminar, não esperem que os nossos governantes nos digam o que fazer! Já sabemos, que desse lado, nunca vem coisas boas e atempadas. Lavem bem as mãos, evitem aglomerações, espirrem para o lado e para o cotovelo … e, deixem-se de paranoias de papel higiénico! Respeitem a quarentena, afinal, sempre foi assim que se conseguiu conter surtos de doenças! Depois … bem, depois teremos tempo para tratar dos vivos e das questões financeiras!

Como estamos a viver uma pandemia, hoje não termino com beijinhos nem abraços. Somente, cumprimentos!

Covid-19 deveria também ser um convite! Um convite para o conhecimento e respeito!

11.03.20 | Paulo Brites

E entretanto neste território em que os Romanos diziam: "Para os lados da Ibéria, há um povo que não se governa nem se deixa governar".

Deixo aqui um post de facebook que, deveria ser motivo de reflexão para os 10 milhões que somos! E refletir bem o que andamos a fazer nestas ultumas décadas! Sr Costinha, veja, leia e pense se souber! 

Dizer tb que sou professora e o fechar das escolas implica a minha permanência em casa, de contrário serei penalizada com uma multa. O fecho das escolas de maneira nenhuma é uma vantagem para nós. Isto para esclarecer os encarregados de educação.

Comentários

- Mas há quem ache isso? Credo...

- Rita há e hj já senti isso

 

Um poema e uma fotografia - parte XV

09.03.20 | Paulo Brites

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Escorrega nos cavalinhos
roda no escorrega,
salta a vedação
pisa a corticite
limpa os sapatos da areia;

Vai e vêm

do parque do baloiço...

Vai e vêm do alto e baixo

vai e vêm do carrocel
vai e vêm da girafa
do leão, do elefante, da chávena;
Vai e vêm mesmo que chova!

Tal como o poeta
que quer chapinhar
já não sendo criança
a poça não sabe
não há necessidade de a enganar.

Paulo Brites

 

Um poema e uma fotografia - parte XIII

06.03.20 | Paulo Brites

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A meio caminho
de um meio destino
na caminhada do destino.
A meio caminho
de caminho nenhum
por ser, meio caminho.
A meio caminho
da história repetida
na repetição do caminho.

A meio caminho da felicidade sonhada
a meio caminho dos sonhos perdidos
num caminho de insônia pessoal
sobre o leito da nossa própria cama.
A meio caminho da perda de tudo
na repetição do caminho
a meio caminho de um abraço,
por falta de braços.
A meio caminho de tudo
no caminho do nada.

Que por não haver meio caminho,
não é caminho de nada!

Paulo Brites

 

Um poema e uma fotografia - parte XII

03.03.20 | Paulo Brites

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Tudo na vida são escolhas

Tudo na vida são escolhas
muitas vezes, dolorosas e sacrificantes;
Mas necessárias!
Boas ou más?
Tal qual a liberdade, presa nas amarras da sociedade,
decisivas ou nem por isso mas, escolhas.

Do pântano ao pânico
é assombroso cada segundo mas necessário!
Sonhos; estabilidade; agir; assumir …
correr, andar, sonhar …
“Liberdade de escolha, prisioneiro das escolhas”
Pablo Neruda, um livro, dois livros
três palavras e quatro versos!

Um bolo, um medronho
a cafeína faz mal.
Um livro no meio da biblioteca
estimula escolhas  
no jardim das camélias
com necessidades de rega.

E a água chega lá?

Einstein fez contas na relatividade;
Camões no jardim das palavras;
Pessoa no ser da flor e do sentimento e cheiro.
E nós?
Satisfação na erosão das escolhas necessárias.

Objetos? Têm forma!
Flores? Têm cheiro!
Pão? Tem sabor!
Sensações? Têm cor! Uma rosa; Uma laranja;
Outra saborosa; Outra, um bem-estar!

Mudar de foco, muda o foco,
é a escolha imediata
na insatisfação da sensação
do sabor das flores, do cheiro dos objetos,
da forma das sensações, na escuridão da cor no final do túnel!

Rotinas, convicções, anulações!
É erro na admissão de ar,
e o motor pára!
Íntegros na correção
certos na escolha
cautela nas consequências  
realista nas necessidades.

O barco flutua de proa a ré,
sem norte na bússola da ancora
sem corrente que a suporte
nas repetidas marés de ondas invisíveis
e nelas, surfar até outro navio submerso.  

Orgulho na persistência emocional e racional
orgulho na coragem de ser ou fazer
orgulho na escolha de parar no tempo
orgulho na mudança necessária.

Orgulho na escolha? Não!
Orgulho na coragem de ter ficado!

Paulo Brites