De tempo a tempo
Boa tarde pessoas …
Criei sensivelmente há 2 anos o http://paulobritesfotografia.blogs.sapo.pt/ , um blog onde o tema é a fotografia. Durante este tempo fui partilhando as imagens da minha objetiva .
Inicialmente a ideia era partilhar imagens … depois, bem depois como tudo na vida evolui e passei a legendar essas imagens com pequenos textos. A determinada altura adicionei umas músicas como forma de dar vida a essas mesmas imagens que por aqui e acolá fui registando.
A pouco e pouco comecei a “acompanhar” essas imagens com alguns poemas ou pequenos textos escritos por mim mas, como tudo na vida, começou a não fazer sentido tantas “palavras” em conjunto com essas mesmas imagens!
E assim surge este blog “Diz á mãe para migar as sopas…”! Surge da necessidade de escrever umas “coisas”! “Coisas” essas que não tinham cabimento no http://paulobritesfotografia.blogs.sapo.pt/ e resolvi regressar à ideia inicial, publicar unicamente fotografias no meu outro blog e deixar as palavras para aqui.
No entanto e ao longo desses quase 2 anos acabei por partilhar alguns textos, poemas, “escritos” e desabafos meus. Vou a pouco e pouco transportar para aqui alguns desses meus devaneios e, separar as “águas” nos meus dois blogs …
Para dar início a esta nova fase vou utilizar como mote umas palavras da minha amiga Graça Aguiar, que também ela esteve muito presente no http://paulobritesfotografia.blogs.sapo.pt/
“De tempo a tempo
é preciso mudar o vento
para que a vida
não vire rotina
e se converta
num sucessivo lamento…”
… e pronto recupero e publico aqui umas “palavras” escritas por mim em Julho deste ano, que julgo estarem completamente atuais:
Acorda … a corda!
Porque não há danças, há música
não há arte, há artesanato
não há cultura, há folclore
não há fotografia, há imagens
não há cinema, há imaginação
não há teatro, há representação
não há religião, há superstição
Acorda … a corda!
Porque não há distâncias, há querer
não há viagens, há passeios
não há comida, há fome
não há pecado, há personalidade
não há “línguas”, há dialetos
não há céu, há espaço
não há nuvens, há água condensada
não há matemática, há lógica e números
não há medicina, há doença
não há politica, há poder
não há guerra, há armas
não há filosofia, há divagação
não há países, há divisões
Acorda … a corda!
Porque não há estradas, há caminhos
não há olhos, há visão
não há ouvidos, há audição
não há barulhos, há sons
não há sonhos, há desejos
não há mágoa, há dor
não há “história”, há passado
não há amores, há complementos
não há atração, há carência
não há beijos, há vontades
não há abraços, há necessidades
não há traições, há infidelidades
não há mentiras, há falta de verdades
não há sexo, há prazeres e orgasmos
Acorda … a corda!
Porque não há poetas, há sofrimento
não há livros, há escritores
não há loucuras, há prazeres
não há drogas, há vícios
não há vida, há viver …
e um dia a corda parte e tu nem acordaste!
Como começa a ser habitual terminar os meus textos com beijinhos, cá vai …
Beijinhos!
* Foto Net