Uma música, uma fotografia e um poema – parte VII …
18.04.18 | Paulo Brites
Deixa tocar-te a pele
Ler nos poros tudo o que és
Como numa folha de papel
Onde crias tudo o que não vês
Deixa entrelaçar os dedos
Nos teu cabelos de querumbim
Desvendar os teus segredos
Saber se és igual a mim.
Quem és tu? De onde vens?
Tens duas asas como eu
Tens corpo e alma e também tens
Encontro marcado no céu
Deixa beijar-te a boca
A casa onde a tua língua poisa
Pra saber se esta coisa louca
Nos sabe aos dois à mesma coisa
Quem és tu? De onde vens?
Tens duas asas como eu
Tens corpo e alma
E também tens encontro marcado no céu
João Monge